//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Os Nightwish foram dos principais responsáveis por colocar o metal sinfónico na berra e introduzir canções épicas a uma população juvenil aspirante ao gótico, com estatuto suficiente para já não precisar desse género na relevância para serem um peso pesado e um nome a ter em conta.
“Human. :II: Nature.” é o segundo registo de estúdio com Floor Jansen na voz e não se fica por pouco. Houve sempre uma tendência muito cinematográfica para o cariz épico da música composta por Tuomas Holopainen, – e “Imaginaerum” deu mesmo em filme – mas o músico Finlandês escreveu este “Human. :II: Nature.” mesmo com intenções de que fosse reconhecido como a sua obra mais ambiciosa. Que pode ser, desde logo, um obstáculo, se toda essa ambição e procura pelo “over-the-top” que, na dose dos Nightwish ainda ia caindo bem, se engolir a si mesma. Tudo o que é reconhecível no colectivo Finlandês se encontra por aqui, desde os tipos de arranjos, à instrumentalização folclórica utilizada, – é preciso muito tempo para identificar “How’s the Heart?” como um tema dos Nightwish? – à ocasional voz de Marco Hietal, aqui só em “Endlessness,” por acaso um dos destaques, e todo o aspecto “dreamy” e fantástico que se mistura a um peso de respeito. Uma familiaridade em que mexem pouco, juntando-lhe apenas gordura em excesso. Que, quando parece ser o actual maior foco da banda, cobrindo a parte mais sedutora, acaba por ser um problema.
Com todo o charme e encanto que tenham os três primeiros álbuns, que ainda serão os favoritos de muitos antigos fãs, pode realmente considerar-se que a “trifecta” perfeita de discos dos Nightwish que os apresente no ponto e com os hinos mais memoráveis sejam, com preferências de vocalistas à parte, “Century Child,” “Once” e “Dark Passion Play,” com a perfeita harmonização de peso, melodia, arranjo orquestral, teatralidade e aquele pozinho final que distinguia imediatamente Nightwish de qualquer outra banda sinfónica como chegou a existir ao pontapé. Há canções para isso, que se identifiquem logo, como “Pan,” “How’s the Heart?,” “Tribal” e até mesmo “Noise” sendo uma “Amaranth III” – “Élan” era a “Amaranth II” – é convincente que chegue. Mas também espetam com um segundo disco constituído por “All the Works of Nature Which Adorn the World,” obra orquestral dividida em oito partes que, por lindíssima que realmente seja, não acrescenta nada ao disco nem se justifica, apenas o prolonga e dificulta a sua digestão, que precisará de umas quantas audições mais que os outros para entrar devidamente. Não é um mau disco, longe disso, com uma concentração e insistência na primeira parte, há que chegue para juntar ao seu melhor repertório. Mas sofre com a própria ambição e com o “too much.”
Pan, How’s the Heart?, Endlessness
After Forever, Leaves’ Eyes, Therion