Nita Strauss

Controlled Chaos
2018 | Sumerian Records | Heavy metal

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Há bons discos que acabam por soar melhor por trazerem um sentimento de justiça. Nita Strauss já deu bastante nas vistas e já dedilhou bastante a guitarra na popular banda tributo The Iron Maidens e, o mais notável, para a banda de Alice Cooper. Mas acabava por ter que carregar a cruz de ser uma guitarrista feminina num mundo predominantemente masculino. Justiça seja feita com os fundos para “Controlled Chaos,” disco que vem provar realmente o valor e talento descomunal da jovem Nita.

Controlled Chaos” singra por ser um disco de exibicionismo à guitarra que é facilmente suportável. Claro que o virtuosismo em catadupa e o festim de shreds e licks está lá, a escola Marty Friedman ou Steve Vai é óbvia, mas nota-se a procura pela canção e pela melodia e em deixar a guitarra cantar em vez de se tornar um mero exercício hiperactivo à la Dragonforce ou Malmsteen, mesmo que este último até nem deixe de ser uma influência. Adora-se o heavy metal neoclássico da década de 80, mas não se deixa de sentir bastante um tom e um groove moderno, com ocasionais riffs à Lamb of God ou Arch Enemy a servir de base para os solos que Nita “canta.” E mesmo com canções notoriamente superiores a outras, não deixa de ser um conjunto sólido e coeso, que impressiona numa estreia.

Restará alguma queixa em relação a alguns pormenores de produção, com uma bateria a sobrepor-se demasiado. Mas louve-se o frutuoso esforço de Nita Strauss em apresentar uma estreia com eles no sítio, a riscar totalmente a possibilidade de ser apenas uma cara bonita sobrevalorizada. Muito pelo contrário, tem talento a falar por si e, tanto uma lenda do hard rock que usufrua da sua guitarrada ou fãs da jovem em nome próprio, sairão sempre bem servidos.

Músicas em destaque:

Alegria, Mariana Trench, Hope Grows

És capaz de gostar também de:

Marty Friedman, Steve Vai, Angel Vivaldi


sobre o autor

Christopher Monteiro

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