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Com duas partes do que já foram os Gaerea, os OAK são mais um produto nacional que nos vai escorregando das mãos para se tornar tão internacional que tenhamos que pedir permissão para os reivindicarmos, só um pouquinho. “Disintegrate” é o segundo álbum deste side project que não só vem fazer frente ao projecto principal, como a outros grandes congéneres que praticam muito deste cavernoso arrasto.
São duas bandas que acabam por conviver juntas – não propriamente complementar-se, são duas entidades totalmente separadas – e há pontos de encontro entre elas. Há factores trazidos de uma para a outra e outros que talvez não encaixassem numa e que fiquem guardados para a outra. Se não entra muita luz nos Gaerea, não é nos OAK que há mais. Um total breu que ocupa “Disintegrate” numa atmosfera fumarenta e soturna, uma muralha sonora densa que se associa sempre à forma mais funerária do doom metal. Um arrasto que não chega a ser drone, esconde mesmo melodias no seu percurso. E escusam de escolher aquele tema ou outro, porque aqui há só um tema longo. E não é por isso que é um álbum uniforme.
Tudo em “Disintegrate” é progressivo, sem cair nesse género. Tanto a música em si como as emoções que vai transmitindo. Nenhuma delas muito alegre. Engana com falso minimalismo no seu início mais lento e quase monótono, deixando a melancolia ganhar outras cores – todas de tons escuros – e a deixar outros elementos de pós-metal, do black metal bem sofridinho na voz de Guilherme Henriques e até alguma psicadelia – nada de caleidoscópios movidos a estupefacientes, pensem nas experiências que fazem, por exemplo, os Esoteric – antes de irromper em blastbeats e num autêntico caos. Tudo a passar-se na mesma gruta em que tínhamos entrado ao início. Já temos a vista habituada ao escuro. E os ouvidos vão pedindo mais. É voltar ao início, que canções de 45 minutos não costumam passar tão depressa quanto esta.
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Swallow the Sun, Mourning Beloveth, Evoken