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Começamos a ouvir este novo “Mind Burns Alive,” com curiosidade para as evoluções sonoras que os Pallbearer terão tomado e bate uma saudade dos Anathema… Somos levados para uma realidade hipotética em que a banda Inglesa ande por aí e tenha um sucessor para “The Optimist.” É a primeira coisa que a melancolia de “Where the Light Fades” faz lembrar e começa a expandir a sua paleta além do doom metal. Algum purista também começará a sentir algumas saudades dos próprios Pallbearer.
Que já vinham a avisar destas mudanças desde… Sempre, praticamente. Sempre móveis, foram eles os próprios a afirmar que não entram em estúdio com a ideia e plano de fazer um disco de doom metal, mas simplesmente vai lá ter. E nota-se o quanto não tinham isso em mente no “Mind Burns Alive” e como ganha ainda mais asas do que no “Forgotten Days.” Onde deixaram o doom afinal? No seu sítio, não partiu para lado algum, o riff pesado e cheio de distorção entra na faixa-título que se segue. Desfila entre essa vertente de rock progressivo melódico e atmosférico e o doom metal fumarento, deixando regularmente que ambos se fundam. Uma fusão como deve ser e não só um doom esbatido. Torna-se a sua própria marca de uma espécie de slowcore pesado que volta a ter os 40 Watt Sun como referência.
A melodia é primordial aqui, especialmente na voz de Brett Campbell que, por vezes, até ganha um tom que lembra e sugere uns Ghost se fossem realmente pesadões – remonta muito levemente, antes que nos acusem de tão grave blasfémia. Sugere acessibilidade, rapidamente cortada pelos riffs e pelas composições longas mais complexas. “Mind Burns Alive” também é um muito bom disco de rock progressivo e é aí que guarda surpresas como aquela delícia de solo de saxofone na “Endless Place.” Depois é abrir a mente e esperar um disco com muito disso, uma atmosfera um pouco mais gótica, – especialmente na conclusiva “With Disease” com um certo nível de Paradise Lost detectado no seu sangue – uma postura shoegaze e um ambiente mais pós-rock para um disco surpreendente, que poderá desagradar muitos dos antigos, mas muito completo e que cresça a cada audição sem precisar de causar estranheza à primeira impressão. E depois, na tentativa de classificar isto, não se admirem de ver por aí corajosos a tentar catalogar isto com palavrões como “doomgaze.” Não é especulação, já foi mesmo visto. Haja criatividade para acompanhar os Pallbearer!
Mind Burns Alive, Endless Place, With Disease
Yob, 40 Watt Sun, Anathema