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Sempre desafiantes, os Pure Reason Revolution, desde que o prog modernaço e surpreendente da estreia “The Dark Third” nos veio avisar de uma proposta a ter em atenção, isso já há mais de uns bons quinze anos. Desde então já passaram por muito, por paragens, por mudanças de estilo, para uma ampliação ainda maior de influências para que as suas tais mudanças de estilo nem passem por o serem. Chegam agora ao quinto álbum, “Above Cirrus,” sem travões na ambição e na abertura.
Também já tiveram a sua fase mais polarizadora. Ali em 2010 saiu um “Hammer and Anvil” primariamente electrónico e de canções mais acessíveis e directas que fez encolher uns quantos narizes. Não causou tanta confusão, e até desdém, como por exemplo um “Chuckles and Mr. Squeezy” dos Dredg, lançado em 2011. Parecia uma boa altura para os proggers modernos descansarem as suas excentricidades. O certo é que os ditos discos valeram hiatos a ambas bandas, já que se foi buscar outra com pouco a ver, só para realmente criar paralelismos. Os Pure Reason Revolution já voltaram com um “Eupnea” lançado em 2020. Um regresso às raízes. Ou melhor, um tributo a elas, como uma adoração ao álbum de estreia, suficientemente bem executado para não ser um retrocesso, mas sim um retomar. Podia abrir caminho para a segurança e conforto deste “Above Cirrus” mas os Britânicos lá acharam que o seu leque de influências era demasiado extenso para só olhar a algumas. Pode ser o seu álbum mais amplo e variado, o que nem é dizer pouco.
A electrónica é retomada, sem rodeios e vergonhas, mas também sem exageros. Domina a mais pop “Phantoms,” cria um ambiente mais industrial a juntar à melancolia de “Cruel Deliverance” e abre o épico “Scream Sideways,” que passa por imensas fases e facetas até culminar num clímax de uns Yes futuristas, de outro universo, com peso carregado. O art rock de assinatura mantém-se na viagem, mas passa para o banco de trás, deixando umas guitarras mais distorcidas dominar alguns dos temas. Contribui para que “Above Cirrus” também seja potencialmente o seu álbum mais pesado – não se alarmem com o quase nu metal de “Dead Butterfly,” é um óptimo tema de classe à Tool e um destaque do álbum. Não conseguimos detectar qual é verdadeiramente a supremacia, se é a electrónica, se é o rock pesado, se é o melódico, se é o artsy mais Pink Floyd-esco. “Above Cirrus” pode simplesmente ser o seu álbum mais… Muita coisa.
New Kind of Evil, Phantoms, Dead Butterfly
Tiny Giant, fase mais recente do Steven Wilson