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Rage, o grupo Alemão agora tornado trio multi-nacional, nas suas já mais de três décadas e meia de carreira, são de uma tremenda influência que não parece ser reconhecida por todos. O seu heavy metal tradicional foi de escancarar os portões para o power metal Europeu, antes desse mesmo ser regado com azeite, nunca negou uma influência épica e progressiva, não deve muito ao “Big 4” de thrasheiros Teutónicos com uns bons rasgos de thrash e até já brincavam aos “metais sinfónicos” com uma orquestra a sério, antes do boom do género.
Contudo, mesmo com essa influência toda, parece que nunca conseguiram furar para o topo da elite da música de peso, mesmo que ainda devidamente reconhecidos. Outro detalhe que os distingue pode ser um ponto fraco: a sua assiduidade discográfica faz deste “Wings of Rage” o vigésimo-quarto disco da banda – vigésimo-quinto, se contarmos com a estreia ainda como Avenger – e já se torna difícil que, no meio de tanto disco, ainda se faça algo que possa ser destacado. Faz algum tempo que a discografia dos Rage, mesmo que competente, é uma água parada e não haverá muito em “Wings of Rage” que a venha agitar. Ainda assim não é um álbum descartável ou dispensável, a aproveitar o vocalizado desdém pelo ex-membro Victor Smolski para fazer jus ao nome da banda e um reconhecer de Peavy Wagner como verdadeiro núcleo dela, contentíssimo com este seu alinhamento mais jovem que tem vindo a dar frutos nos últimos discos, “Wings of Rage” ainda procura fazer destacar-se, pelo menos na fase mais moderna da banda.
O guitarrista Venezuelano Marcos Rodriguez e o baterista Grego Lucky Maniatopoulos injectam juventude na veia sempre veloz da fórmula Rage e também a sua produção é moderna. Mas o disco olha sempre para o passado, para o seu próprio passado, percorrendo os caminhos estilísticos já enumerados no primeiro parágrafo, com alguns dos seus riffs mais cheios de garra e speed, sem dispensar a assistência sinfónica – “A Nameless Grave” – e chegando mesmo ao ponto de regravar o clássico “Higher Than the Sky” de 1996. Pode ser visto como uma nostalgia forçosa mas ainda resulta num disco coeso e que recupera a energia certa para que “Wings of Rage” não seja um álbum atirado ao monte, passando despercebido. Que até é bem capaz de ser a proposta mais forte em alguns bons anos.
Tomorrow, A Nameless Grave, Shine a Light
Grave Digger, Iced Earth, Savatage