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“The Heretics” é um novo disco de originais dos Rotting Christ, com outro peso além daquele que venha da música em si: o de uma banda que já leva três décadas de carreira, treze discos, um lugar influente em todo o metal extremo que ninguém lhes tira, mas que já atravessou várias fases chegando a uma mais recente causadora de descontentamento entre vários fãs.
Há fãs ferrenhos da fase inicial da moldagem do seu som característico (“Triarchy of the Lost Lovers” de 1996) ou conquistados mais recentes do culminar dessa sonoridade na sua versão mais grandiosa e teatral, (“Theogonia” de 2007) com narizes a começar a franzir quando se “encostaram” e apostaram na abordagem mais directa, simplificada porém bastante produzida dessa tal sonoridade (“AEALO” de 2010). Talvez as más notícias para muitos é que continuem nessa vertente. Mas as boas notícias para os mais tolerantes é que “The Heretics” apresenta os Gregos no seu território familiar, mas possivelmente a soar o seu mais atmosférico e mais pintado de gótico desde que deixaram essas influências entrar inicialmente. Ainda querem a coroa do black metal cheio de melodia, querem que os recordem como a banda crua e blasfémica com o mais belo e complexo trabalho de guitarra e, sem dúvida, continuam a querer que reconheçam a marca só de ouvir as suas melodias.
Sendo um álbum conceptual, encontra-se aí a sua principal fraqueza. Debruçando-se sobre a ideia anti-religião e mentes que sempre se manifestaram contra a Igreja, fica apenas uma ideia geral já abordada por inúmeros actos deste tipo e pelos próprios, sem força suficiente para ser realmente um conceito. O lado mais gótico repleto de cânticos e até de spoken word – até há Edgar Allan Poe por aqui! – ajudam ao ambiente cinematográfico e apocalíptico, para um bom disco, que possa suscitar mais interesse que alguns trabalhos recentes do género, como por exemplo, de Behemoth… Mas que não se livrará de uma inevitável recepção mista.
Fire God and Fear, The New Messiah, The Raven
Samael, Behemoth, Moonspell