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Felizmente há Royal Blood. Para aquelas discussões chatas do “rock morto” que ainda fazem revirar olhos e lá obrigam a ter que enumerar algumas bandas actuais que sejam populares e realmente carreguem a bandeira actual daquela “música de guitarra de estádio,” por muito erróneo que seja classificá-los como tal quando esse ainda é instrumento que não consta na sua música. Temos que cavar mais fundo que o que queremos para enumerar essas bandas e os Foo Fighters até já estão no Rock and Roll Hall of Fame, para começarem a passar para o estatuto “clássico.” Faz falta sangue jovem e fazia falta um novo disco dos Royal Blood. Mal demos pelos quatro anos de espera por “Typhoons.”
E o interessante nos jovens Ingleses é ouvir os seus álbuns anteriores e tentar descobrir o que é tão apelativo e tem tanto interesse neles. Fora a criatividade e infindáveis riffs que Mike Kerr consegue fazer só com o baixo, não parece haver algo de propriamente inovador, surpreendente ou muito ousado na música da dupla. Vemos que afinal é algo tão simples quanto as canções serem mesmo muito boas e é isso que captamos logo ao ouvir os dois discos anteriores. E acaba por ser o único que procuramos em “Typhoons.” Mesmo que, para este, já tenham querido mexer um pouco na táctica do jogo. O bicho que morde todas as bandas de rock: eventualmente querem todos pôr-nos a dançar e “Typhoons” fica como o álbum de dance-rock do catálogo. Mantendo aquelas influências de The Black Keys, The White Stripes, Death from Above 1979 e outros actos que tenham dado nova vida ao garage rock neste milénio, mas já puxando a coisa para a diversão de uns Franz Ferdinand, esticando ainda mais para os lados de uns LCD Soundsystem e surpreendendo mesmo com uma eléctronica de “Daft Punk rockeiros.”
Pode funcionar como o seu “Villains,” se quisermos mesmo fazer um paralelismo com os bem mais amadurecidos Queens of the Stone Age, já que Josh Homme também acaba por dar uma mãozinha na sua produção e por vezes “Typhoons” pode parecer um forte casting para sidekicks da “The Way You Used to Do.” Mas em vez de comparar a isto e àquilo, devemos procurar as malhas, aquilo que é a assinatura dos Royal Blood. E sim, há mais malhas viciantes, mesmo não sendo tão bela colecção como o álbum de estreia e com as melhores a encontrar-se pelo meio de outras de menor interesse e com maior intersemelhança entre temas – uma distracção maior e nem notam “Mad Visions” a transitar para “Hold On.” Aliado à nova faceta pode causar algum desconforto. “Typhoons” será aquilo a que chamam um “grower” e será o registo na discografia dos Royal Blood que mais terá que batalhar para se estabelecer. Mas tem todos os argumentos para o conseguir.
Trouble’s Coming, Oblivion, Boilermaker
Nothing but Thieves, Jack White, Death from Above