Sirenia

Arcane Astral Aeons
2018 | Napalm Records | Metal gótico/sinfónico

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A assiduidade discográfica dos Sirenia já lhes vai permitindo disfarçar um factor que pode ser uma fragilidade. Com “Arcane Astral Aeons” já contam nove discos, e cinco diferentes vocalistas, com a actual Francesa Emmanuelle Zoldan, ao seu segundo álbum com a banda, a ser já a segunda vocalista mais duradoura da formação.

Vai-se tentando disfarçar esse factor de inconsistência e reconhece-se que os Sirenia não passam do veículo de Morten Veland, pós-Tristania, no qual trabalha praticamente sozinho, para ir moldando um som baseado na sua antiga banda, mas cada vez mais afastado. No meio de tanto álbum, já abordou a vertente mais açucarada, melódica e acessível, como já enveredou por caminhos mais complexos, orquestrados e progressivos. “Arcane Astral Aeons” chega a tentar o balanço entre tudo, ficando a meio-termo. As melodias adocicadas, debruçadas sobre o pop, são eficazes e até são o que melhor resulta neste tipo de banda, e existem aqui. Mas num álbum que se prolonga ao longo de quase uma hora, acaba por se dispersar e, ao misturar-se com as faixas mais complexas e coladas a uma fórmula que faça lembrar mais os Epica, fica um conjunto algo desconexo e a precisar de umas quantas audições e paciência para realmente entranhar.

Louva-se a ambição e dotes de composição de Morten Veland, e Emmanuelle Zoldan até é bem capaz de ser a melhor vocalista de toda a caderneta. “Arcane Astral Aeons” também não é nenhum álbum a que se deva apontar o dedo por qualquer razão e até servirá muito bem o resistente fã deste género. Há boas canções mas nada que evite o estatuto de nota de rodapé dos Sirenia que, a aproximar a dezena de discos, não se sobrepõe à saudade que aqueles dois primeiros dos Tristania deixam.

Músicas em destaque:

Into the Night, Love Like Cyanide, Nos Heures Sombres

És capaz de gostar também de:

Epica, Xandria, Tristania


sobre o autor

Christopher Monteiro

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