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Olhem, sabem que mais? Nem está assim tão mau! E nem há melhor maneira de introduzir uma apreciação sobre algo novo dos Six Feet Under. Até dava para ficar por aqui. Mas temos que explicar o fenómeno e sem tomar como garantido que o Barnes a seguir não vá desencantar mais um “Graveyard Classics” para deleite dele próprio. Desfrutemos do que “Killing for Revenge” tenha que se safe – temos a fasquia assim tão baixa? – enquanto podemos.
E apesar da reputação que os registos dos últimos anos dos Six Feet Under tenham, o mais tolerante e optimista atribui sempre o mesmo síndrome à música da banda: está tudo a correr muito bem até o Barnes abrir a boca. E é um claro sinal de mau envelhecimento, já que ele é uma figura icónica no género. O escriba perde já aqui a cabeça, traz o lado mais pessoal para aqui, e afirma que os dois melhores álbuns de death metal de sempre têm a voz do gajo. Mas algo aconteceu e ele tornou-se uma paródia do estilo gutural ultimamente. Então comecemos logo pelas boas notícias: já soou pior do que neste “Killing for Revenge.” Ainda não soa bem e ainda se ouve mesmo a voz a cansar-se e o esforço crescente em manter a imitação do Cookie Monster sem quebrar. Está tudo mais contido só. Uma produção mais inteligente faz com que ele já não ladre por cima da música. Ah, e ouvimos o disco várias vezes, como sempre, e com uma especial atenção, não fosse falhar algo por distracção, mas não, de facto não contámos um único dos seus infames “Eeeeee” em todas estas faixas. Isso é que é contenção!
E o resto está bem, nunca foi o que esteve mais em causa. Mesmo com Chris Barnes a prometer-nos algo completamente diferente do que já alguma vez ouvimos deles, a sugerir total reinvenção… Não é. É o death metal do costume, com uma abertura bem a rasgar em “Know-Nothing Ingrate” a vir mais thrashada que o habitual. E há um bom solo em “Ascension,” um curioso riff melódico a abrir “When the Moon Goes Down in Blood,” um contagiante groove no breakdown de “Hostility Against Mankind” e o sacana até saca de umas melodias pegajosas e põe-nos a rugir com ele alguns refrães como os de “Accomplice to Evil Deeds,” “Compulsive” ou “Neanderthal.” Que até acaba por nos permitir usar um vocábulo como “interessante” para referir a algo da música dos Six Feet Under. E ainda fecha com uma cover hilariante – para o bem e para o mal – de “Hair of the Dog” dos Nazareth, como quem diz que se a gente não se puser a pau, a seguir vem mesmo mais um “Graveyard Classics!” Safa-se mas bem sabemos que a escala da discografia dos Six Feet Under é muito diferente das outras, para a afirmação de que “Killing for Revenge” é o seu melhor álbum em muito tempo valer o que vale.
Ascension, Hostility Against Mankind, Bestial Savagery
Cannibal Corpse, Torture Killer, Deicide