//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
O ritmo foi normal, o ímpeto não esmoreceu e os Speedemon já têm o segundo álbum para nós, um “Fall of Man” que antecipa a dita queda às mãos das máquinas, tema tão recorrente e que em tempos era só uma realidade alternativa de ficção científica e não um futuro muito possível e não tão distante.
O conceito até pode olhar para o futuro, mas musicalmente não tem medo de olhar para trás. Sem saudosismos bacocos dos nascidos na geração errada, é mesmo porque ali na génese do thrash, com um metal tão próximo da sua forma bruta mas já tão rápido e a tornar-se extremo, criou-se muita coisa boa que se tornou intemporal. Não é difícil de se modernizar e fazer um disco relativamente simples que soe tanto a algo que pudesse ter sido editado na Alemanha nos finais da década de 80 ou nos dias de hoje, em Vila Franca de Xira. E haja competência, que os Speedemon tocam isto como se realmente já andassem aí desde os ditos tempos passados.
“Fall of Man” é um perfeito exercício de balanço entre as “guitarras gémeas” em harmonia, bem à moda Inglesa de antigamente, e aquela velocidade que obrigou a malta a arranjar um termo novo para algo que estava além do “speed metal” – que aqui nem é só “speed,” é “Speed on Fire,” caraças! Não deixa haver enganos. O rompante de “Metal Rage” bebe a Judas Priest e Accept, “Cursed by the Gods” e a faixa-titulo são um assalto teutónico que fazem o fã de Kreator levantar a orelha e é possível que os Metallica se tenham esquecido de incluir a “Midnight Ripper” no “Kill ‘Em All.” A tal génese do thrash. Aqui, tão actual. E quanto ao futuro da tal ditadura maquinal, não sabemos se temos que estar preparados para alguma intervenção física, mas o pescoço, pelo menos, já aquecemos.
Speed on Fire, Fall of Man, Nailed to the Gun
Kreator, Testament, Web