TesseracT

Sonder
2018 | Kscope | Metal progressivo, Djent

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Os TesseracT funcionam como uma espécie de porta-estandarte do infame djent, por muito que se devam querer afastar de tão malogrado e duvidoso termo. O talento e ambição do grupo parece transmiti-lo e, ainda que não sejam perfeitos, têm em “Sonder” mais uma boa prova de procurarem a distinção de toda a questionável miudagem bastarda dos Meshuggah.

Em contraste com a sua situação com vocalistas, este é o trabalho mais consistente na carreira da banda. É também um registo com todos os factores que nos são familiares mas com mais foco em certos elementos. Ao longo dos sete temas não faltam riffs graves, estruturas matemáticas e incomuns e técnica exibicionista, mas sobressai o lado melódico na procura de uma vertente mais atmosférica e ambiental, que nos transporta mais para aquilo que Deftones, The Dillinger Escape Plan ou até os Tool fazem, se todos estes tomassem esteróides.

A banda não coloca de parte a sonoridade apresentada em “One” e há temas como “Juno” e “Beneath My Skin / Mirror Image” a justificar bem os rótulos de “math” e “progressivo.” “Sonder” é um álbum mais melódico, com menos aspereza e muito menos medo de deixar entrar uma camada pop ao deixar a voz de Daniel Tompkins dominar as canções. É evolutivo e mais um passo na emancipação desse palavrão depreciativo que é o “djent”.

Músicas em destaque:

Luminary, King, Beneath My Skin / Mirror Image

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Periphery, The Contortionist, Animals as Leaders


sobre o autor

Christopher Monteiro

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