The Birthday Massacre

Pathways
2025 | Metropolis Records | Rock/metal industrial, Synthpop

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Os The Birthday Massacre são uma banda popular e de imensa qualidade que foi capaz de criar o seu próprio estilo muito característico, que estabeleceram de disco para disco. Mais de duas décadas e meia de carreira depois e agora a contar dez álbuns com este “Pathways,” atingiram aquele ponto que será o de estabelecido e conquistado conforto ou de estagnação, dependendo da óptica. Se o cinismo estiver activado, diz-se mesmo que andam há anos a editar o mesmo disco.

Já passaram por estas digitais páginas por mais do que uma ocasião e a semelhança dos comentários que eram feitos à música – de qualidade, volta a reforçar-se – também já se sentia, quase da mesma forma que se sentia ao ouvir os discos dos The Birthday Massacre. Quase nos abria caminho para sermos mauzinhos, copiar o texto do álbum anterior, e estava feito. A crítica era essa, com camadas. Não chegamos a esse ponto, mas não se animaram mais as expectativas para se receber este “Pathways.” Seria mais um conjunto de synthpop embelezado com um rock gótico, a percorrer caminhos nalgum universo de Tim Burton, e com a sempre tão dócil voz de Chibi a debitar melodias muito amigáveis para o tom negro, mas dançável, das canções. Pronto, aceita-se, tudo bem. Mas ultimamente também andava a faltar qualquer coisa. Então e aquela música mais pesadota, que se destacava sempre lá no meio? Uma “Red Stars,” uma “Blue” ou uma “In the Dark.” Os fãs sabem quais são, são as favoritas. Também estaria em falta aqui?

E afinal temos uma surpresa em “Pathways.” Logo a abrir, com “Sleep Tonight,” somos recebidos por um riff desses. Aí está esse peso de volta! Com melhores notícias ainda: há mais. É, na verdade, o que domina este curto trabalho. Também isso ajuda a que não tenha fillers. A sensibilidade “pop gógó” continua intacta, mas com mais força nuns riffs industriais metalizados. E uma “Wish” a lembrar alguma malha de AOR ou até yacht rock ali ao início. Até temos essa novidade e tudo. Quando é a tradicional nota melancólica que fecha em “Cruel Love” até já estamos a celebrar essa repetição, que já seria mais um cliché. Porque “Pathways” acaba por ser um “vira o disco e toca quase o mesmo” mas já tornou a banda Canadiana mais divertida e será o seu melhor em algum tempo.

Músicas em destaque:

Sleep Tonight, All of You, Cruel Love

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Jakalope, Helalyn Flowers, Bella Morte


sobre o autor

Christopher Monteiro

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