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Quando uma banda novata faz a sua transição da garagem de ensaios para o exterior, orgulhosa do seu primeiro bebé, há que saber como manter as expectativas realistas e ver o potencial, esperando que as influências se ouçam e façam óbvias e que uma procura de identidade ainda se esteja a processar. No caso de “Cave Transmission,” o EP de estreia dos embrionários The Grind Fever, este até já traz barba e dá uns passos largos para avançar essa turbulenta fase inicial.
“Cave Transmission” é um EP de estreia com a casa arrumada, sem arremessar todas as adorações às suas bandas influentes até colar algo. É malta que gosta bastante de Pentagram e de muitos outros “primos”, entre outras coisas bem mais díspares, criando um caldo já distinto. É juventude que gosta da música de peso, na sua origem, mas sem aquela necessidade e pressão de ser revivalista para ser fixe; é um doom metal tradicional de ambiência e laivos de stoner, com uma abordagem moderna, que até se pode aproximar de um metal mais alternativo e acessível. E são jovens Feirenses que sabem como nos conquistar de imediato porque já debitam riffs como gente grande e sabem como fazer um refrão ficar alojado no ouvido, como o fazem logo em “Superstition” e sem medo de açucarar alguma melodia ou outra.
São cinco boas malhas a impor respeito e a abrir o apetite para o futuro. Enquanto isso vão abrindo caminho com um som já próprio, é uma questão de manter a capacidade de fabricar senhores riffs, o ouvido para a melodia e a inteligência na escrita de canções e em breve poderão fazer este já muito bom “Cave Transmission” parecer uma mera amostra a apalpar terreno.
Superstition, Turbulence, Precondemned
Pentagram, The Sword, Fu Manchu