The Pretty Reckless

Death by Rock and Roll
2021 | Fearless Records | Hard rock

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Death by Rock and Roll” já vem com título de missão. Parece ser consciente e trabalhada, a resposta de qualquer alegação de que o rock esteja morto – muitas vezes feita por lendas do mesmo – e parece que já temos mesmo que nos esforçar para enumerar actos de rock, assim só, que tenham realmente sucesso e reconhecimento. E serão os The Pretty Reckless mesmo um nome a ter em conta, quando estamos a contá-los pelos dedos, e serem dos primeiros?

Fizeram voltar cabeças com a estreia “Light Me Up,” já há mais de dez anos, com uma Taylor Momsen, reconhecível do pequeno ecrã – e do grande, se recuarmos mesmo à sua infância – e ainda a desfrutar da adolescência, a orientar uma banda que até parecia saber escrever umas malhas de pós-grunge sem azeite, que tanto podia agradar um público maduro como um mais juvenil. Era fórmula vencedora, mas os discos que se sucederam não pareciam prender a mesma atenção que o conjunto que incluía “Make Me Wanna Die” e “My Medicine” prometia. É o primeiro elogio a apontar-se a “Death by Rock and Roll.” Soa mesmo a uma recuperação para os The Pretty Reckless. Outro elogio será a inteligente estratégia de se focarem naquele que sempre foi um ponto central e principal destaque na música da banda: a voz de Taylor Momsen. Que assina aqui das suas melhores performances.

Variado sob uma superfície uniforme, não dispensa as ajudas do hard rock clássico, enquanto atira um rock musculado mais moderno e metalizado. Vai ao grunge, – que estava no seu auge quando Taylor nascia – aos blues, que até deviam ser escola obrigatória para isto, a algo mais pop – “Got So High” especialmente – e até uma costela Americana mais sulista, como na balada countryHarley Darling,” um surpreendente fecho. Uma banda que cresceu e que já faz disto com convicção e que sabe escrever canções para sobreviver, com um álbum que também ele sobrevive a múltiplas audições sem aborrecer. Até as participações de Kim Thayil e Matt Cameron, metade dos Soundgarden sobreviventes, em “Only Love Can Save Me Now,” e Tom Morello em “And So It Went” parecem consolidar aprovação, que isto está bem entregue. Que os The Pretty Reckless afinal vieram para ficar. E até nem estorvam.

Músicas em destaque:

Death by Rock and Roll, 25, Witches Burn

És capaz de gostar também de:

Halestorm, The Distillers, Concrete Blonde


sobre o autor

Christopher Monteiro

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