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A velhinha National Wrestling Alliance a desfrutar de uma surpreendente renovação e recuperação – até a pandemia fazer das suas, claro – às mãos do eterno e famoso wrestling mark Billy Corgan, experiências a solo a regularizar-se com o mais recente a datar um ano, um disco de 2018 das suas habituais cabaças ainda a fazer eco mas, lá de alguma forma, ele conseguiu tempo para escrever, tocar, produzir e editar um álbum duplo, “Cyr,” inventivo, vanguardista que, ainda por cima, se dá ao luxo de superar o anterior com imposição.
Destaca-se logo o risco na abordagem. Brincar à nostalgia é fácil, especialmente hoje em dia quando a sede por tal abunda tanto, e ouvimos falar em álbum duplo e lá resvalamos logo para memórias de um “Mellon Collie and the Infinite Sadness.” Mas Corgan e a sua surpreendentemente estável companhia não estão aqui a recuperar a flanela dos alternativos 90s do fundo de algum bolorento baú. Não, Corgan reinventou-se mesmo, equipou-se com sintetizadores e soube como dar asas à sua imaginação com um extenso disco de synthpop. Não é alguma cedência a modas, porque é difícil realmente situar temporalmente a vibe de todo o álbum. O que mais se sente por todo são batidas contagiantes à uma new wave da década de 80, Corgan já revelara os seus desejos de capturar o som sintetizado do prog rock dos 70s, muito bate-pé daqui até nos leva para aquele indie que invadiu os 00s e tentou enterrar as guitarras de vez e, claro, o que não falta aqui são sonoridades actuais e modernas. Nem à sua própria época, os 90s, escapam, especialmente quando a electrónica escurece – “Purple Blood” vem com selo de qualidade Nine Inch Nails.
Há muito para estranhar – 2020 é o ano em que dançamos ao som de Smashing Pumpkins e mesmo assim nos embasbacamos com uma “Tyger Tyger” – mas também há muito para entranhar. Vai trabalhando na batalha com a sua muito longa duração e tem argumentos fortes em temas pegajosos – aquela faixa-título! – e até a pedir audições repetidas para descobrir mesmo onde está ali a personalidade inconfundível da banda nesta sonoridade nova e não fique apenas a soar a um trabalho a solo de William Patrick Corgan. Com um “Shiny and Oh So Bright” a saber a pouco, até só lhes pedíamos algo mais e “Cyr” cumpriu. Se é para recordar todas as facetas da longa carreira da banda, andam a prometer para o próximo… Em dose tripla!
Cyr, Purple Blood, Minerva
Engraçado, mas aquele novo dos Ulver até dá para comparar.