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Há um novo álbum da banda do gajo dos Accept. Calões à parte, essa ainda é uma frase correcta de se dizer? Aproveitando para também dizer que os Accept estão de muito boa saúde com Mark Tornillo na voz, convém lembrar que Udo Dirkschneider, a icónica voz de “Balls to the Wall,” já conta 18 álbuns com este “Touchdown” dos seus U.D.O., que andam aí há mais de 35 anos. Já é capaz de ser uma banda bem a sério e a sua principal entidade.
A sombra é que está sempre ali, também não dá para fugir. Não conseguimos destacar um particular disco de U.D.O. que supere os grandes clássicos dos Accept e há uma consistência na sua música, ao longo de toda a discografia, que pode ultrapassar a linha para o “demasiado consistente” para um ouvido mais exigente. “Touchdown” é só mais um, sejamos sinceros. Chamado “Touchdown” e com aquela capa, puxa à analogia desportiva – aqui com escribas mais acostumados ao futebol Europeu pode sair asneira – e falta saber se o disco é realmente um touchdown, ou se levou alguma placagem a meio do caminho e perdeu a bola para uma outra entidade de heavy metal tradicional com um contra-ataque forte e mais interessante. Voltando à questão da pouca a nula mudança de som: será que convinha, a esta altura do campeonato, mudar de táctica?
Sinceramente, ao Sr. Dirkschneider nem lhe pedimos isso. Nem evitamos a vénia por já ter os seus 71 anos e ainda “jogar” com esta pica toda. O envelhecimento da voz até contribuiu para que ruja e berre mais freneticamente ainda, ultrapassa qualquer barreira de “Brian Johnson mutante” e aproveita a boleia de toda a música, sendo ainda heavy metal tradicional como mandam as regras, já ter suficiente da marca Udo para se distanciar das inevitáveis comparações a uns Judas Priest ou, claro está… Accept. É um disco longo que desafia o ouvido mais casual, que mesmo assim agradecerá a abundância de malhas – “Isolation Man,” “Sad Man’s Show,” “Better Start to Run” ou a faixa-título – e que até oferece algo aos ouvidos mais atentos que detectarão subtis influências de música pesada mais contemporânea. E também há Mozart em “Fight for the Right” porque não é só o Wolf Hoffmann que gosta de brincar à música clássica. Dá para dizer que marcaram. Com um disco que diverte na sua simplicidade.
Isolation Man, Fight for the Right, Touchdown
Accept, Overkill, Metal Church