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Vendido como necessário, mas não tão essencial quanto isso. “Songs of Surrender,” a novidade pouco nova dos U2 compila 40 novos arranjos de canções clássica suas. Tudo bem e nada de errado a apontar a estas roupagens novas, mas é uma dose muito grande e com poucos argumentos contra a teoria de que já não existem assim tantas ideias novas no saco, teoria essa que os anteriores “Songs of” já faziam muito esforço para a contrariar.
É o projecto pandémico que imensas bandas colocaram cá fora, mas engrandecido além do que devia ser. Um projecto bem mais centrado em Bono e The Edge, que pareciam já discutir há um tempo a ideia de regravar temas para torná-los mais intimistas. Sucede por aí, sim, mas não será difícil desvanecer sem que um único destes 40 temas venha substituir algum original seu. Com tudo reduzido a acústico, até se encontram ideias a louvar. São bem-vindas novas versões de canções já mais saturadas como “One,” “With or Without You” ou “Beautiful Day,” por exemplo, e até existem algumas ideias boas como o acompanhamento clássico de cordas em “Vertigo” ou o minimalismo de “Stay (Faraway, So Close!).” Outras opções são mais estranhas, como o domínio do falsete de Bono em “Desire”ou The Edge na voz principal de “Peace on Earth” – perfeitamente competente na mesma. A surpreendente escolha de alguns deep cuts como “Dirty Day,” “Until the End of the World,” “Stories for Boys” ou “Miracle Drug” também despem esses temas de muito que os tornava interessantes na sua origem.
Banda marcada pelas suas reinvenções, – e já podemos todos admitir que o seu pico criativo foi a década de 90 ou ainda é perigoso? – notava-se o esforço e sucesso limitado em tentar manter-se a par das modas, ao mesmo tempo que mantinha o som tradicional U2. É para o que “Songs of Surrender” mais serve e principal qualidade a apontar-lhe, de várias fontes: despe-os completamente disso, dessa pressão, dessa missão. Quase podia ser um botão de recomeço. E é um bom objecto para o coleccionador e fã mais ávido. Mas apresenta pouco mais que isso e também pode servir como prova de que a fonte de inspiração esteja, realmente, a secar.
11 O’Clock Tick Tock, Vertigo, Stay (Faraway, So Close!)
Quando os U2 se centram mais em Bono e The Edge