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A aproximar-se dos cinquenta anos de carreira, os UFO são um nome bem estabelecido e influente no que ao rock clássico mais pesado diz respeito. Já com mais de duas dezenas de discos de originais editados só fica um sabor azedo na boca: apesar de terem um estatuto de respeito, parece que não saem da segunda divisão das grandes bandas incontornáveis do hard rock clássico. Não são suficientemente enumerados e apesar de tudo não têm nada a provar.
E isso nota-se. Para o seu vigésimo-segundo álbum, numa discografia bastante assídua e produtiva, os UFO optam em “The Salentino Cuts” por aquele relaxado – e em alguns casos, desmazelado – registo: o de covers. Pode não ser tão descabido numa banda veterana que já influenciou milhares, prestar homenagem a quem os influenciou a eles. E estão aqui a ser recriados muitos dos pesos pesados do mais clássico rock: The Doors, Steppenwolf, Tom Petty, ZZ Top ou The Yardbirds são apenas alguns dos exemplos de lendas que têm os seus êxitos abordados pelos também lendários UFO.
Não são cópias ou versões de karaoke, são adaptações com identidade e são arranjos bem feitos. Não farão jus aos clássicos originais da banda, mas dão boas malhas. “Break on Through (To the Other Side)” e “Mississippi Queen” são tão reconhecidamente cantaroláveis como as originais, “Ain’t No Sunshine” de Bill Withers, em versão blues, não é tão estranha quanto possa parecer e “Just Got Paid” dos ZZ Top tem aquele riff. Se é bem executado, a faixa está óptima, mas os UFO fazem um bom trabalho em personalizá-la.
Não é propriamente algo de especial o que temos em “The Salentino Cuts”. Mas os velhotes estão a divertir-se e isso é bom de se ouvir. Talvez não precisássemos muito deste álbum, mas temos pouca razão de queixa em relação a este.
Mississippi Queen, Ain’t No Sunshine, Just Got Paid
Deep Purple, Bad Company, Thin Lizzy