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Após uma espera de cinco anos, os Watain estão de volta com um novo disco que, ao buscar inspiração e prestar tributo ao amigo próximo Selim Lemouchi (The Devil’s Blood), prometeria uma maior carga emocional. No entanto, “Trident Wolf Eclipse” não segue as passadas do anterior “The Wild Hunt” e afasta-se da sua vertente mais épica e melódica, optando por apresentar-nos a sua maior descarga de crueza e selvajaria em muito tempo.
Sem deixar completamente de parte o seu lado mais melódico e de tributo a actos como Bathory ou Dissection, neste novo disco os Watain despem a sua sonoridade ao cru e básico de uma forma que chega a ser surpreendente, quando os tons mais produzidos e progressivos do anterior disco faziam antever um afastamento destas raízes do black metal tão agressivo como ele nasceu. Num breve álbum, sem qualquer tipo de filler, retomam os riffs orelhudos mas ásperos, o tremolo picking a garantir que o lado melódico soa na mesma vindo dos Infernos, blast beats que não dão descanso, algumas das suas mais rápidas e pesadas malhas em muitos anos, como a abertura imediata que é “Nuclear Alchemy” ou “Furor Diabolicus” e um Erik Danielsson a deixar para trás qualquer tentativa de cantar como aconteceu em “They Rode On”.
“The Wild Hunt” foi um excelente disco, volte a reforçar-se. Foi um registo muito ambicioso e variado, que apenas fez deste regresso às raízes tradicionais do black metal nórdico uma enorme surpresa. Mas uma surpresa boa e um passo tão perigoso quanto o black metal deve ser. Com “Trident Wolf Eclipse”, os Watain mantêm a sua discografia entusiasmante, variada, imprevisível e com uma assinalável consistência. Uma perfeita garantia de que serão sempre lembrados na enumeração das bandas da primeira liga do black metal.
Nuclear Alchemy, Sacred Damnation, Furor Diabolicus
Dissection, Marduk