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Imprensa e fãs até podem sentir aquela necessidade de atribuir lideranças e títulos para cada movimento ou género musical. Claro que não existe nada disso, mas se realmente houvesse tal coisa, já se podia entregar o estandarte do doom metal aos Windhand. “Eternal Return” é só mais uma impressionante confirmação da consistência e amadurecimento de uma banda que já apresentou tanto logo ao início.
Ao quarto álbum, o quarteto da Virginia só vem cimentar como fazem disto melhor que a maioria e com uma abordagem mais simplista e mais directa. As canções, mantendo as longas durações e o mesmo arrasto melancólico, são mais simplificadas, mais memoráveis ainda, com um sentido melódico ainda mais apurado e todas construídas à volta de um núcleo constante – por norma, um riffalhão por música. Não se vê por aí quem faça melhores riffs lamacentos e que carreguem tanto peso e treva em combinações simples e catchy de acordes; Não se ouve tanta doçura nas melodias de outros companheiros de género como nas canções contagiantes de “Eternal Return”; Mais ninguém tem uma voz como a de Dorthia Cottrell, que aqui utiliza o tal factor melódico esmerado, para evoluir e nos transportar para um qualquer cenário fantasioso e fumarento que ela deseje.
“Eternal Return” é Windhand a soar como já os conhecemos mas também a soar o seu melhor. Fica água na boca enquanto pensamos se ainda têm mais por onde crescer e nos perguntamos se essa brincadeira de lançar um dos discos do ano a cada novo registo que sai vai ser para manter durante toda a carreira.
Halcyon, Grey Garden, Feather
YOB, Electric Wizard, Acid King