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Desta vez a espera foi curta. “The Quest” foi há apenas dois anos. Podemos forçar-nos a acreditar na ideia que tal se dá devido a um excesso de inspiração e ideias. Se “Mirror to the Sky” ou o seu antecessor realmente tivessem algum excesso de inspiração e ideias. Façamos todas as vénias aos Yes e ao seu inigualável legado, aos 45 anos de carreira, até ao trabalho de Steve Howe, o sobrevivente, em segurar o barco. Mas reconheçamos que não é com os seus trabalhos mais recentes que nos impressionamos.
“Mirror to the Sky” tem imensos paralelismos com “The Quest.” Tanto que até podemos colocá-los lado a lado. Tanto que até podemos recorrer a estas mesmas páginas e ao que aqui foi dito acerca desse disco, para referência do que dizer sobre este novo. As semelhanças são inegáveis. Nem mesmo o disco bónus com mais três músicas a acrescentar pouco ou nada falha. Tem mesmo um efeito de espelho. Mas relendo palavras daqui mesmo para classificar “The Quest.” Olhava-se aos dois lados, um mais positivo e outro um pouco mais desagradado. Nessa parte, recorreu-se a algumas palavras-chave como “arrasto,” “pouca variedade,” “excessos,” “homogeneidade” e até se faz uma brincadeira com “Steve Howe Band.” Infelizmente dá para empregar os mesmos termos. “The Quest” e “Mirror to the Sky” são mesmo muito semelhantes.
Contradiz em algumas coisas, como quando se afirma que esse antecessor era “maioritariamente baladeiro” e mais focado na parte “suave e melódica.” Até pode seguir-se essa mesma vertente aqui, mas reduzem nessa parte do aborrecimento. A faixa-título é a obra superior. Nos dois discos. Rocka verdadeiramente no seu miolo, culmina numa catarse sinfónica à procura de filme para ser a emocionante banda sonora e até podemos destacar o subvalorizado trabalho de baixo do seu início. Destacamos uma faixa no meio de dois trabalhos, que é a parte alarmante, a que nos faz dar o braço a torcer e reconhecer que os grandes Yes já não estão na sua melhor forma. E enquanto há toda a docilidade melódica, trabalho instrumental, ambiente fantasioso e até novos membros a cumprir lindamente o trabalho de reproduzir os Yes do passado, – atribuir a palavra “imitação” ao vocalista Jon Davison já é demasiado cínico e maldoso – não existem muitos mais temas memoráveis além do já destacado. “Mirror to the Sky” parece ter sido feito a seguir o “The Quest” ali ao lado, como referência para consulta. Que, por sua vez, já parecia feito com o manual de instruções de como soar aos Yes à mão. A essência assim acaba por se ir esbatendo e chega-nos um álbum que deixará, com certeza, muitos satisfeitos, mas assinado por um nome pequenino em grafia mas gigante em valor… Que merecia mais.
Cut from the Stars, Luminosity, Mirror to the Sky
King Crimson, Gentle Giant, Glass Hammer