MÚSICAS DA SEMANA

#219

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indignu [lat.]

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Escolhas de indignu [lat.]

Russian Circles - Vorel

Russian Circles é uma banda referência para todos nós. O Guidance tem rodado na nossa van a caminho dos concertos de apresentação do Ophelia, e ‘Vorel’ é sempre o ponto alto. Riffs certeiros e a bateria do Dave Turncrantz é irresistível. Em Março voltam a Portugal e estaremos lá para ouvir a Vorel entre outros temas de álbuns antigos, já clássicos.

Desiderata – A junção do bem

Este disco data de 2009 mas é seguramente um dos discos intemporais da música portuguesa. É uma obra que Francisco Ribeiro nos deixou, mas que fica cada vez mais dentro de nós a cada audição. Um obra que urge ser descoberta na proporção da sua mestria. O tema Junção do bem é uma das mais exímias criações de sempre.

Ludovico Einaudi - Nightbook

O piano de  Ludovico Einaudi é sempre uma forma de fecharmos os olhos e olharmos para nós mesmos. Nightbook, o tema título de um dos nossos discos preferidos é um momento de recolhimento que ainda se torna mais profundo ao vivo. Viajamos também muito ao som deste senhor.

Mogwai - Rano Pano

É um dos nossos riffs preferidos. Também andamos a ouvir isto em repeat na nossa van. Os Mogwai são uma (das) referências para nós, e de vez em quando voltamos a um dos seus melhores discos: Hardcore will never die, but you will. Excelente disco e então a Rano Pano com aquele riff inicial torna-se um dos temas indispensáveis da já longa discografia dos escoceses.

Tim Wertens – Struggle for Pleasure

Uma peça musical que temos andado a (re)descobrir. Bela composição e arranjos que primam pelas dinâmicas sentidas. Isto é muito mais que classicismo. Tão cedo os nossos ouvidos não deverão largar esta obra.

Escolhas de Hugo Rodrigues

Pulled Apart By Horses – The Big What If

No próximo mês de Março vai-nos chegar The Haze, e a primeira música a ser conhecida desse novo trabalho dos Pulled Apart By Horses foi esta The Big What If. Depois de ter adorado a estreia homónima dos britânicos e de ter achado assim assim os dois discos que lhe seguiram, parece-me com este tema estar a voltar a entrar na onda. É esperar para ouvir.

At The Drive-In – Governed by Contagions

Tenho que confessar que neste momento odeio um bocadinho Paredes de Coura.

Russian Circles – Lisboa

Com a relação que os Russian Circles têm com Portugal e vice-versa, seria apenas uma questão de tempo até se confirmar o regresso do trio ao nosso país para a apresentação de Guidance. Felizmente existe a Amplificasom e o regresso está já marcado para Março. Preparem-se!

You Can't Win, Charlie Brown - Bones

Já perdi a conta ao número de vezes que os vi ao vivo, e esta semana acrescentei mais um para a lista. Desta feita foi um regresso ao CCB, numa noite especial cheia de convidados e quase duas horas de música. Uma delas foi esta Bones.

Valter Lobo – Mediterrâneo

Uma das bonitas canções lançadas no ano passado.

Escolhas de Ricardo Almeida

© Samantha Marble

Swans – Frankie M

Os últimos trabalhos dos Swans são dos discos que se por um lado mais investimento requerem por parte do ouvinte, por outro são também os que mais vingam quando devidamente esmiuçados, resultando numa experiência realmente recompensadora. Ao contrário de outros projectos, não vou a correr ouvir um disco dos Swans mal sei que este já está disponível para escuta. São trabalhos que requerem tempo, e uma certa disponibilidade mental para serem escutados e interiorizados.  Não é um empreendimento a que nos lançamos cansados, depois de um dia de trabalho, a ouvir pessoas, a falar ao telefone, a andar de metro, etc. Por aqui tirou-se toda uma noite de sábado para ouvir, alto e a bom som (com auscultadores,) “The Glowing Man”. O disco saiu a 17 de Junho do ano passado, mas só agora começa a “bater” a sério por estes lados.

Ultha – Crystalline Pyre

Vou finalmente estrear-me no Festival Roadburn, na Holanda, e com o evento cada vez mais próximo começo a fazer o trabalho de casa e a revisitar algumas das coisas que não quero perder em Tilburg.  Os Ultha são uma proposta de peso e fazem o que fazem mesmo muito bem, uma espécie de black metal que em nada fica a dever em atropelo e envergadura ao primo brutamontes, o death metal, mas que ainda assim é capaz de embrulhar toda a violência numa atmosfera muito própria que aparenta ter tanto de castigo como de libertação.

Dälek – Desolate Peasants

Para todos os efeitos, e com todas as excepções, o Roadburn é um festival de metal e rock pesado. Curiosamente a banda que mais quero ver por lá toca hip hop.

Lubok - Kulikovo Sorcery

Não conhecia este projecto do Porto. Não me tivessem batido no carro na sexta-feira à noite (e fugido) e provavelmente teria ido até à SMUP no sábado para os ver.  Com bases aparentemente assentes no jazz, deambulam pelos caminhos sinuosos da música improvisada e ambientes filme noir, não muito longe daquilo que acontece em The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble, por exemplo.

The Death of Her Money – Held Hands

Descobri estes rapazes num grupo do facebook. Actualmente chamam-se The Death of Money – deixaram cair o “Her”. Lançaram um disco este ano com uma sonoridade um pouco diferente, ainda assim interessante, mas foi ao visitar o catálogo ainda com o nome antigo que me soube muito bem dar com uma banda a praticar um som que não anda longe do que faziam bandas como Cult of Luna, ISIS e Pelican no início das suas carreiras.


sobre o autor

Arte-Factos

A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)

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