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Primeira música do disco Danse do pianista Suíço Colin Vallon. Simplesmente a música mais incrível que alguma vez ouvi.
Os extintos Pedro The Lion são uma descoberta recente. Ando a percorrer a sua discografia aos poucos e para já chamou-me a atenção «Control», o álbum conceptual de 2002 sobre um homem que engana a mulher e acaba morto por ela, que é para aprender. Não é um disco para animar festas. O som faz-me lembrar os We Were Promised Jetpacks, o que faz sentido porque Seattle deve ser assim uma espécie de Escócia dos EUA.
Dusseldorf foi uma descoberta acidental deste ano, que através da ajuda preciosa do Shazam consegui voltar ouvir várias vezes. Este tema foi o segundo single retirado do álbum Brilliant Sanity (2016) dos Teleman, e é uma música com a batida certa e com a animação necessária para voltar ao trabalho depois da hora de almoço.
Estava em viagem, vi o nome num cartaz a anunciar um concerto e decidi explorar!
Single lançado este ano, que tem a quantidade certa de desafinação.
É este mês que Emma Ruth Rundle se estreia ao vivo no nosso país. E esse foi o pretexto ideal para ir recuperar Marked For Death, editado no ano passado.
Continuo sem ligar muito ao Rave Tapes mas, decidi voltar a dar-lhe uma oportunidade esta semana. Ficou o single e a sensação que talvez lhe tenha que voltar a dar mais hipóteses.
Felizmente que a música é uma droga muito menos prejudicial que todas as outras mencionadas neste tema. E, além disso, quem é que acha que este solinho bom não nos está a aproximar cada vez mais do Verão?
Seja em que semana for ou em que playlist for, há sempre espaço para grandes malhões.
Mais uma a cheirar a Verão.
A 8 de Abril de 1977, uma das grandes bandas de todo o sempre estreava-se em disco. Criticados pela estreia numa editora multinacional, os Clash responderam com um álbum que pareceu ter sido gravado numa garagem e com uma crueza que deixava as camadas de guitarra de “Never Mind the Bollocks…” a milhas – o saudoso Joe Strummer afirmou que as letras só seriam percebidas por quem de direito. Prova pleníssima dessa raiva e crueza é “What’s My Name”: Strummer berra como um maníaco cockney sobre a própria falta de identidade e de rumo – um anónimo no meio do brutalismo e da indiferença. Uma toada niilista no meio do idealismo furioso das demais canções de uma estreia ao nível do melhor e mais influente que já se fez. Não foram os primeiros a chegar à praça do punk de 77, mas ergueram a maior e melhor barraca.
Honrarias à parte (não há armazenamento suficiente neste servidor para as enumerar a todas), “In My Life” é um feito musical digno de uma cápsula do tempo para ser enviada para o espaço. Maioritariamente de Lennon (incluindo a imortal letra), a melodia tornou-se num leitmotiv intelectual de reminiscências sobre a vida por esse mundo fora – como se a canção em si fosse um pequeno quarto ou escritório onde puxamos pela memória. Talvez o melhor da canção seja mesmo a colaboração directa de George Martin, que do nada aparece com um magistral solo de piano devidamente cozinhado (e acelerado) para dar a crer que é um instrumento de outro planeta. Aos que vieram, aos que vêm e aos que virão, não gostamos nem gostaremos de todos, mas há aqueles que ficam – como certas músicas.
São de Lisboa, são quatro, já andaram em digressão pelos Estados Unidos (incha, Vitorino), tocam com convidados de luxo e têm um sentido de humor à Yo La Tengo – são, portanto, uma das melhores bandas deste País. “Me And My Gin” é uma pérola a puxar para os terrenos do indie folk; suficientemente espartana, mas agradável e com uma letra genial que é um retrato da dicotomia vida real/Internet e das saídas à noite que redundam em olhar para o copo porque tudo o resto é chato. Como não aplaudir um microcosmos como este: “I’m thirty and I’m straight / Check my Facebook page”. Como aventureiros que são, tocam “Rubber Soul” dos Beatles à sua maneira – obrigatório comparecer (e meter o “gosto” no Facebook, claro).
OS CAMPEÕES VOLTARAM. Há sete anos, este escriba teve o desplante de afirmar que os Broken Social Scene eram uma banda mais arrojada do que os compatriotas Arcade Fire – não tão exploradores musicalmente, mas mais certeiros e seguros e sem dramas. O concerto desse ano na Aula Magna foi uma montra do princípio ao fim: de consistência e êxtase sem o teatro dos igualmente enormes Arcade Fire. E esta “Halfway Home” é um fenomenal e consistente regresso: o entrelaçado melódico e vocal típico dos BSS, do masculino para o feminino, pintalgado por arranjos que ao vivo serão uma explosão capaz de mandar qualquer um para casa arrasado no bom sentido. Bem regressados sejam.
Os Woods visitam-nos este fim-de-semana – pela primeira vez em Lisboa. A banda de Jeremy Earl, Jarvis Taveniere e companhia já leva uma década a dar alucinogénios à colherada à folk, em evolução constante e com arranjos cada vez mais sofisticados – mal absolutamente nenhum, dizemos nós. Contudo, escolhemos recordar uma canção (agora) mais remota da banda: “Any Other Day”. Da sua fase lo-fi, surreal e sim, psicadélica nos arranjos, está longe do que agora lhes ouvimos, mas é obra cimeira no seu corpo de trabalho. Letra intensa no seu pessimismo, é uma contradição da história da banda até agora: “I won’t believe that it can’t get worse / It’s not impossible to see” – ninguém diria, tendo em conta a qualidade a que nos habituam.
Com a agradável visita do sol e do calor fui buscar este disco, que se ainda não é um clássico para lá caminha, e deixei-o tocar bem alto no carro a semana toda. Imagine-se: Ray Ban escuros, vidros abertos, blusão de ganga preta, cigarro imaginário (que já me deixei disso). Não é uma propriamente Harley Davidson Forty-Eight, é um Renault Clio a gasóleo, mas A ESTRADA É MINHA!
Tardou mas aí está ela, a confirmação da derradeira estreia dos Touché Amoré em Portugal, reis e senhores do hardcore lamechas. Agora era darem um pontapé no rabo aos Code Orange e trazerem antes os Loma Prieta, mas não nos queixemos.
Directamente da Letónia, os Tesa foram uma das boas surpresas da última edição do Amplifest. Esta malha saiu no passado dia 19 de Março e é uma reinterpretação da canção com o mesmo nome do compositor Emīls Dārziņš (1875 – 1910). Naturalmente, nada tem a ver com a original. Preparem-se para um banho de guitarras distorcidas, feedback, e gritaria incompreensível.
Vi alguém com uma t-shirt de Young Widows e quando cheguei a casa tive de meter este disco a rodar. “Em vinil, por causa dos graves”.
Com o Roadburn a aproximar-se, e sendo que nunca vi Chelsea Wolfe ao vivo, resolvi revisitar-lhe a discografia.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)