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A APR – Associação Portuguesa De Realizadores é uma associação de carácter cultural sem fins lucrativos que tem por objecto juntar os realizadores de filmes de ficção, documentário e de animação destinados ao cinema, à televisão ou a qualquer outra forma de exploração, em qualquer suporte, com o objectivo de: promover o desenvolvimento artístico do cinema português e da cultura cinematográfica em Portugal ou no estrangeiro; defender o cinema como expressão livre da arte; defender as liberdades e direitos artísticos, morais e profissionais da criação; participar na elaboração legislativa respeitante ao objecto da Associação e na evolução das estruturas do cinema; defender os interesses profissionais dos seus associados, encorajando o acesso à profissão e reforçando a colaboração e entreajuda entre os mesmos; levar a cabo actividades de promoção, produção, formação, programação, edição, exibição, distribuição (sem fins lucrativos). Contando com mais de 100 sócios, e reunindo varias gerações de realizadores portugueses, a APR é a associação mais representativa da profissão em Portugal.
A APR – Associação Portuguesa de Realizadores, recebeu um convite da ACID – Association du Cinéma Indépendant pour sa Diffusion (que programa uma das secções paralelas do festival de Cannes) para realizar, durante a edição 2018, o programa especial ACID TRIP 2 # Portugal. O programa consistirá na projecção de três longas-metragens portuguesas, organização de uma mesa redonda sobre cinema português e participação na festa da ACID. As sessões terão lugar no primeiro fim de semana do festival, de 11 a 13 de maio. Essa nova janela de programação dentro da secção da ACID em Cannes foi inaugurada o ano passado, quando a nossa congénere Bande à Part foi representar a Sérvia. O evento deste ano dará visibilidade à diversidade do cinema português.
Os três filmes escolhidos para o ACID TRIP – PORTUGAL serão os seguintes: Colo, de Teresa Villaverde (2017, 135 min); Terra Franca, de Leonor Teles (2018, 80 min); e Verão Danado, de Pedro Cabeleira (2017, 128 min).
Desde 1993 que a ACID tem presença marcada no Festival de Cannes com uma programação própria, onde apresenta uma selecção de nove longas-metragens, maioritariamente sem distribuidor. Os filmes são seleccionados por uma comissão de quinze realizadores da associação, podem ser franceses ou estrangeiros, de ficção ou documentários, escolhidos geralmente entre uma centena de filmes do mundo inteiro. A selecção dos filmes implica o acompanhamento da associação não só em Cannes mas também até à estreia em sala. É uma porta aberta à descoberta de novos talentos de toda a parte do mundo. Este programa paralelo do Festival de Cannes tem permitido ao cinema independente encontrar o seu caminho para as salas e festivais internacionais. Em Cannes, as 45 projecções abertas aos profissionais e ao público são seguidas de encontros com as equipas dos filmes e os seus padrinhos realizadores – membros da ACID. 850 programadores de salas, 260 programadores de festivais, 75 distribuidores franceses e estrangeiros, 120 jornalistas e estudantes assistem às projecções da ACID em Cannes. Os filmes programados em Cannes são acompanhados pela ACID nas várias etapas da difusão em salas: fazem os contactos com os distribuidores, ficam responsáveis pela promoção, programação, acompanhamento, trabalho com o público, etc.
Ao longo de 25 anos – desde a génese da associação até aos dias de hoje – mais de 500 filmes foram promovidos e acompanhados pela ACID. Entre eles, vários cineastas portugueses contaram com o apoio da ACID, tais como: Pedro Pinho (A Fábrica de Nada, 2017), João Pedro Plácido (Volta à Terra, 2015), João Viana (A batalha de Tabatô, 2013), João Pedro Rodrigues (Morrer como um homem, 2009), Pedro Costa (Onde jaz o teu sorriso?, 2001), Inês De Medeiros (O fato completo, 2001), Teresa Villaverde (Os Mutantes, 1998) ou João Botelho (Três Palmeiras, 1994).
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)