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O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou como Comendador da Ordem de Mérito o actor Jean-Pierre Léaud, que está em Lisboa a convite da Rosa Filmes para a apresentação do filme La mort de Louis XIV , de Albert Serra, de que é o protagonista. O filme teve estreia mundial no festival de Cannes, e depois de França e Espanha, estreou a 12 de Janeiro nas salas portuguesas.
Jean-Pierre Léaud nasceu em 1944. É um dos maiores actores franceses e europeus, tendo participado em mais de noventa filmes. É conhecido como um dos ícones da Nouvelle Vague francesa. Foi descoberto por François Truffaut em 1958, que fez dele o protagonista da sua primeira longa-metragem, Os 400 Golpes, aos 14 anos de idade. O rapaz extrovertido e rebelde desse filme encarnou de forma muito representativa o espírito da chamada Nouvelle Vague, que nasceu com ele. Antoine Doinel, a personagem, e Truffaut continuaram a trabalhar juntos em filmes como Antoine et Colette (1962), Baisers volés (1968), Domicile conjugal (1970) e L’Amour en fuite (1979).
Logo em 1965, Léaud começou a trabalhar com Jean-Luc Godard, em filmes como Masculin féminin (1966) e La Chinoise (1967), considerados obras desafiantes e de grande compromisso político. Léaud era fascinado pela linguagem do cinema, pelo que foi assistente de vários filmes de Godard (Pierrot le Fou, Alphaville) e Truffaut (La Peau douce). Léaud pode também ser visto em filmes de Jacques Rivette (Out 1), ou em La Maman et la Putain (1973), onde nos oferece uma interpretação inesquecível, que o consagrou para a eternidade. Este filme de Jean Eustache for emblemáticos para toda uma geração, tendo ganho o Prémio Especial do Júri em Cannes. Desde aí, as suas personagens apaixonadas e melancólicas, idealistas e encantados, ou apenas vazias e enigmáticas, são parte de parte fundamental de filmes como os de: Aki Kaurismäki (I Hired a Contract Killer), Olivier Assayas (Paris s’éveille), Lucas Belvaux (Pour rire), Philippe Garrel (La Naissance de l’amour), Bertrand Bonello (Le Pornographe) ou até Tsai Ming-Liang (What Time is it There? e Visage, apresentado em Cannes in 2009).