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Faleceu, nesta semana que passou, a cineasta portuguesa Noémia Delgado. Destacou-se principalmente no cinema etnográfico-documental, tendo aderido ao Cinema Novo Português, participando, como assistente de produção e realização, em Mudar de Vida de Paulo Rocha e em O Passado e o Presente, de Manoel de Oliveira.
Contudo, só se estrearia nas longas-metragens com o seminal Máscaras, de 1976, no qual filmou cenas típicas dos caretos transmontanos. Obra do cinema antropológico nacional, movimento da década de setenta que procurou retratar e estudar a ruralidade do País, levado a cabo por cineastas como Manuel Costa e Silva (Festa, Trabalho e Pão em Grijó de Parada) e António Reis e Margarida Cordeiro, com o seu Trás-os-Montes – movimento este influenciado por (entre outros) Acto da Primavera, de Manoel de Oliveira.
Participou, ainda, noutro documentário fundamental, Torre Bela (de Thomas Harlan), e continuou a documentar a ruralidade e arte nacionais, para o cinema e televisão. Escreveu, ainda, um livro de poesia, Jacarandá no Coração, tendo sido casada com o poeta Alexandre O’Neill.
Podem ver Máscaras aqui.