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Os únicos ISIS que alguma vez interessam são os que cessaram actividades em 2010. Uns mais conformados que outros, vamos assistindo ao desdobrar de Aaron Turner por uma panóplia de projectos, sendo que actualmente os mais relevantes são Old Man Gloom, Mamiffer e Sumac – vimos os dois últimos no Porto há bem pouco tempo. Do término de uma das melhores bandas de sempre resultaram ainda os Palms, projecto que junta Chino Moreno, dos Deftones, a três ex-ISIS, Aaron Harris, Jeff Caxide, que em 2011 se aventurava em Crone, e Bryant Clifford Meyer, o pacato moço prodígio cujo CV contempla Red Sparowes, Windmills by the Ocean entre outros.
Quem até à data não tinha dado grandes sinais de vida era Mike Gallagher. Ora, MGR é sigla para Mustard Gas and Roses, referência a um dos autores mais importantes da segunda metade do século XX, Kurt Vonnegut, mais concretamente ao livro Slaughterhouse Five, que juntamente com, por exemplo, Catcher in the Rye, de Salinger, sublinha o clima de ausência de respostas e colapso de valores tradicionais que se vivia nos EUA, numa altura em que Nietzche já há muito havia assassinado Deus e a bomba atómica manchado o nome da ciência. MGR é também o nome do projecto a solo de Mike Gallagher e conta com dois álbuns, Nova Lux de (2006) e Waving On the Cresting Heft (2007), e a banda sonora do filme 22nd of May (2011), realizado por Koen Mortier.
Ao que parece MGR deixou de ser apenas o projecto solitário onde Gallagher esboçava atmosferas e desenhava as paisagens de um “sad and beautiful world” e passou a quarteto post-metal. Juntam-se-lhe J. Bennett (Ides of Gemini, Black Mare), Bryan Tulao (Chelsea Wolfe, Black Math Horseman, Mother Tongue) e Sash Popovic (Black Math Horseman, Mother Tongue). Becoming é o título do novo álbum, a sair a 14 de Outubro via Mylene Sheath, marcando uma evidente mudança na sonoridade ao ponto de termos o próprio Mike a assumir lides de trovador.
Fiquem, então, com “Let it Roll” e “Rise”, os primeiros avanços do disco.