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Uma das inequívocas vantagens da internet e mais geral globalização está no encurtar das distâncias físicas que outrora eram tão mais determinantes. Hoje, saltamos entre continentes à velocidade a que, anteriormente, se cruzavam países; e conseguimos, no imediato, saber de informação com inédita facilidade.
Por vários motivos, é isto que nos ocorre ao saber que Klein, artista multidisciplinar, se prepara para um espectáculo no Teatro Rivoli, já no próximo Sábado, dia 19 de Maio, co-organizado pela Lovers and Lollypops a propósito dos espectáculos Understage. É, para a britânica de raízes nigerianas, um ano de assinalável produtividade: em breve lançará o novo trabalho cc, pela Hyperdub, em registo que se prevê exploratório, fragmentado e lânguido (como o seu primeiro EP Tommy, afinal), e isto depois de já ter estreado um musical de sua autoria, Care, e ter, aparentemente, organizado uma festa de Beyblades.
As suas criações musicais, como mosaicos sonoros sobrepostos, são complexos e sensuais. É electrónica sem ser necessariamente música de dança, mesclada de rnb fantasmagórico, impressões vocais de amigos, samples variadíssimos; e a sua arte, num sentido mais abrangente, é atravessada pela vontade de unir, e de formar comunidade; repare-se, por exemplo, que está ligada ao colectivo da NON Records (Chino Amobi, Yves Tumor, etc.), que pretende uma forma diferente de relacionar a diáspora africana. Está no centro de um diálogo artístico necessário e extremamente contemporâneo.
O bilhete vale 5€, numa noite absolutamente singular no panorama cultural actual, onde nos chega uma artista que está, pouco a pouco, cimentando o seu lugar como uma inconfundível e obrigatória voz do discurso artístico actual. Por tudo isto e muito mais, será um privilégio recebê-la.
Interesso-me por muitas coisas. Estudo matemática, faço rádio, leio e vou escrevendo sobre fascínios. E assim o tempo passa. (Ver mais artigos)