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Durante os próximos dias, entre final de Junho e início do mês de Julho, as The Raincoats passam por Portugal para quatro concertos, dispersos por todo o país. Sexta 29 e Sábado 30 de Junho, no gnration, em Braga, e na Trienal de Arquitectura em Lisboa, respectivamente; mais tarde, terça 3 e quarta 4 no Salão Brazil, em Coimbra, e na Casa da Música, no Porto.
O entusiasmo é imenso — mas como, e porquê: quem são as The Raincoats? Ora, são britânicas (embora com a presença portuguesa de Ana da Silva) e lançaram, num dos anos mais bem-preenchidos da história da música gravada (1979, pois claro), um maravilhoso disco de estreia homónimo que as enquadrou como intérpretes de excelência da fulgurante, desprendida e insubmissa linguagem do punk.
Depois, já em 1981, lançam Odyshape, um objecto absolutamente singular na torrencial onda de experimentação que se seguiu à vaga energética do punk, à qual se acopla o termo “pós”. Aqui, as Raincoats percorrem território soturno e dissonante – mas belo ainda assim-, mais cuidado e versátil a nível da instrumentação.
E se o reconhecimento nem sempre foi imediato nem condizente com o seu enorme talento, o tempo veio fazer-lhes justiça: recentemente, a oportunidade de figurar com destaque na banda sonora de 20th Century Women, assim como o aval de Kurt Cobain quanto à importância do primeiro disco na sua carreira, colocam-nas outra vez na rota mediática. Justificadamente, claro, embora nunca a história as tenha apagado (embora os discos tenham estado largos anos sem tiragem disponível; reeditados há pouco tempo, para nosso gaúdio).
Por isso, não percam a oportunidade de poder, em 2018, ouvir música que é hoje tão revolucionária e fresca como quando chegou ao mundo, há quase 40 anos. Venham elas!
Interesso-me por muitas coisas. Estudo matemática, faço rádio, leio e vou escrevendo sobre fascínios. E assim o tempo passa. (Ver mais artigos)