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Tal como o sol abrasador de sábado, o Amplifest chegou, finalmente, para todos. Começou aqui a experiência tal como a conhecemos, com filmes, exposições, Amplitalks e, claro, os aguardados concertos.
O dia começou com algum atraso devido a problemas técnicos. No entanto, em causa estava a projeção de The Melvins Across The USA in 51 Days, e como todos conhecemos o apuradíssimo sentido de humor da banda de Buzz Osborne e Dale Crover, qualquer zanga foi esquecida assim que chegamos ao final do filme.
De seguida, na mesma sala, os Redemptus mostraram o sludge que se vai fazendo por território nacional. Boas malhas com apontamentos evocativos daquilo que os Old Man Gloom fizeram nos discos Seminar III: Zozobra e Christmas.
Coube, depois, aos norte-americanos Minsk abrir a sala principal do Hard Club. Se é notório que, muito provavelmente, já passaram os melhores anos em termos de registos discográficos, não é menos verdade que, depois das mudanças de formação, se nota um vigor rejuvenescido na atuação do grupo de Chicago. Uma sova do início ao fim, com ponto alto em “The Way Is Through”.
Envoltos em véus negros, os Altarage trouxeram guitarras ainda mais abrasivas ao Amplifest, e os Kowloon Walled City, por quem tínhamos muita curiosidade, não desiludiram, interpretando temas dos discos Container Ships e Grivances, com destaque para “The Pressure Keeps Me Alive”.
Numa altura em que os Sinistro apresentaram o seu doom, exótico qb, e se ouvia falar mais em inglês e espanhol pelos corredores do Hard Club, a Amplificasom anunciou que os bilhetes estavam esgotados. Mais um marco importante.
Na sala principal, a sueca Anna Von Hausswolff deu o concerto deste primeiro dia desta edição e que se junta na lista de melhores de sempre do festival. Sentada ao piano e comandando a sua banda, composta pelos seus “best friends”, Anna convidou todos a vaguear com ela e a descobrir o seu mundo. A entrega às suas canções conseguiu cativar o público de forma arrebatadora e no final era visível o entusiasmo da cantora e dos seus músicos. A maior supresa do festival.
Os Kayo Dot, de Toby Driver, regressaram também ao nosso país, desta vez com uma formação completamente diferente, onde fizeram uma perspetiva da carreira e dos vários discos que editaram ao longo dos anos, com destaque para o último, Plastic House on Base of Sky. A julgar pela quantidade de pessoas presentes na sala secundária, o culto em torno dos Kayo Dot permanece, apesar de todas as mudanças estilísticas que têm vindo a operar.
Depois do post-rock etéreo mas pujante dos japoneses Mono, o inglês Roly Porter serviu a banda sonora para o final de noite de grande parte dos festivaleiros ao apresentar o seu muito aclamado disco deste ano, Third Law. Um misto de dark ambient, batidas de cariz industrial e alguns apontamentos eruditos deu por terminados os concertos do primeiro dia de Amplifest em 2016.