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Os Beak> não encaixam certamente no rótulo “banda de festival” (seja lá o que isso for…). É música muito introspectiva, predominantemente instrumental, que circula entre o krautrock (vem-nos à memória “Hallogallo” dos Neu), uma guitarra que faz lembrar os Joy Division e os viciantes teclados psicadélicos de “Eggdog”. Podia ser só isto, mas não.
Pelo meio das músicas, o trio do Portishead Geoff Barrow mostra que tem um apurado sentido de humor. Seja um humor britânico mais nonsense, seja quando referem que, se isto é um festival, vão adaptar o alinhamento. E eis que ouvimos uns acordes de “Money”, dos Pink Floyd, ou “Sultans of Swing”, dos Dire Straits. Antes de um sonoro “fuck off” interromper o gozo.
Entre o cerebral e o entretido, a banda deu-nos alguma da melhor música da noite. E isso, quase 25 anos depois, continua a ser o mais importante em Paredes de Coura.