//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Na passada sexta-feira Lisboa teve direito a um concerto bem intimista no MusicBox. O actor principal era Filho da Mãe, que voltava a subir ao palco desta sala fazendo-se acompanhar somente de uma guitarra clássica e de uns quantos pedais de efeitos para o ajudar a esculpir o seu som “filho da mãe”.
O concerto começou uns quantos minutos já depois da hora marcada e a sala estava menos composta do que a ocasião merecia. Valeu pelo espaço que bem à frente do palco ficava disponível e no qual o público, à medida que os acordes e as melodias robustas ressoavam na guitarra, se ia sentando no chão e ficava a apreciar a beleza sonora ali criada.
Com as luzes apontadas para o pequeno espaço em que se sentava com a sua guitarra e os seus pedais, Filho da Mãe fez uma incursão pelos seus álbuns a solo. Maioritariamente ouviram-se os sons de Mergulho, editado no início de 2016. Deu para perceber algumas novas roupagens e quiçá, alguns esboços de músicas que hão de estar para ser lançadas. Ainda assim, melodias bem características como a de Marcha de pedra ou Um dedo a menos foram possíveis de se ouvir e sentir.
O concerto durou cerca de uma hora e revisitou os três álbuns, incluindo já o velhinho Palácio de 2011.
Apesar de ter um som maioritariamente assente na guitarra clássica, não faltaram momentos de devaneio sonoro em que a interação com os pedais era explorada de uma forma tão expressiva que levava o banco ao chão e deixava a própria guitarra de lado. Algo também característico do som de Filho da Mãe.
A audiência essa, apesar de pequena era diversificada, incluindo animais não só da raça humana que decidiram fazer uma visita, provocando um momento peculiar e com direito a dedicatória. Quem também teve direito a dedicatória foi o filho do músico. Aconteceu já no único tema a ser tocado no encore, com o guitarrista a confessar que a tocava para ele na esperança que esta o fizesse adormecer.
Foi um concerto em jeito de revivo de memória, com direito a novos sons que esperamos serem um prenúncio de novo trabalho do excelente guitarrista português.
Aguardemos então por essas novidades!