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Primeira nota relevante sobre o segundo dia do NOS Primavera Sound: mais gente. Muito mais gente.
Segunda nota relevante: Este segundo dia é igual ao primeiro, mas em divertido. Se na data de abertura, o festival se dividiu entre contemplativo, desinteressante e Run The Jewels, o dia seguinte traz-nos peso e razões para headbang logo à saída das boxes.
Os First Breath After Coma até podem ser do post-rock, mas há mais ímpeto nas suas composições do que no rock chapa-cinco nacional.
O que se nota em nervosismo quando é hora de falar com o público é sobremaneira compensado pela gratidão de ali estar. Não há que agradecer, contabilizámos mais do que um punhado de festivaleiros que já tratam por tu os leirienses. Ainda assim ficou bem a apresentação em forma de declaração de interesse, “nós somos os First Breath After Coma; se estiverem a gostar tanto como nós, está tudo óptimo.”
Não é muito útil estar a compará-los com a banda que os baptizou, o post-rock de sentido ascendente deve ser familiar aos que já se cruzaram com os Explosions In The Sky, mas o formato melodia/contraponto/crescendo/pausa/apoteose fica-lhes bem. Se por um lado pede ao público que se entregue numa viagem de passividade inebriante, por outro, é no acordar dos temas que activamente e de sua vontade que os festivaleiros embarcam neste turbilhão de sons.
“Trouxemos um convidado para ver se vocês conseguem aplaudir mais alto,” apresentavam. Em palco surge uma pequena rasta de cabelo que trazia o David Santos como plus one. Com Noiserv em palco, lançam-se a “Umbrae” que beneficia da gravitas de ter o músico em palco.
Os First Breath After Coma são novos, ficava bem e ponderado debitar as frases da praxe: “que têm margem para crescer”, “que há arestas a limar”, “que isto e aquilo”. O discurso dos velhos no poleiro. A verdade é mais simples, estes cinco rapazes dão uma lição de espetáculo ao vivo a quem já leva décadas disto.