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Beyondless foi o ponto de viragem na carreira dos Iceage e um dos três melhores discos de 2018. Depois de trazerem para os palcos mundiais a aridez das caves punk de Copenhaga, onde se formaram e abandonaram a adolescência, decidiram nesse disco deixar para trás o noise. Tornaram-se mais melódicos, mais inteligíveis e, ainda assim, mais experimentais – uma consequência do trabalho do vocalista Elias com o seu projecto paralelo Marching Church?
Os fãs responderam bem a este passo de sofisticação sónica, especialmente aqueles que acompanharam a sua carreira desde o primeiro momento. Deu-se a maturação de banda e tribo. Ou simplesmente aprenderam a tocar melhor.
No Mucho Flow vi-os ao vivo pela segunda vez desde a edição desse disco, a primeira foi no Hard Club em 2018. Nos dois concertos, há uma clara divisão entre a discografia anterior e o calor poético de Beyondless. É evidente que músicas pertencem a que momento, lesando o alinhamento e o ritmo do concerto. Queremos muito ouvir os clássicos, mas apenas “The Lord’s Favorite” combina com um “Hurrah” ou um “Catch It”.
Por outro lado, temos uma banda coesa e um vocalista cada vez mais… nem sei bem. Elias enrola a dicção, canta ao seu próprio ritmo, está no seu próprio mundo. Uma expressão punk rock e inconformista até na expressão artística?