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O Lisbon Psych Fest começou, este ano, um dia mais cedo. O festival que tem tornado Lisboa num importante palco para a música psicadélica nas últimas edições proporcionou um encontro único. A Galeria Zé dos Bois foi palco de uma improvisação que juntou Jacco Gardner com Helena Espvall.
A sala estava cheia de curiosos que não quiseram perder a oportunidade de ver os dois músicos a criar um espectáculo único. O Lisbon Psych Fest, cujo impacto tem chegado a diversos países, tornou a mítica galeria no Bairro Alto num pequeno melting pot, onde diversas nacionalidades se cruzavam no público.
Jacco Gardner é já uma referência. O multi-instrumentista holandês, que lançou o seu segundo álbum, Hypnophobia, o ano passado, apresentou-se numa faceta nova e desconhecida para muitos seguidores do seu trabalho. Por uma noite, deixou a pop barroca do final dos anos 60 de lado e entregou-se à liberdade criativa apenas munido pelos seus sintetizadores, acompanhado pelo impiedoso violoncelo de Helena Espvall. Durante uma improvisação que durou pouco menos de 1h, e acompanhados por projecções da autoria de Lena Huracán, essencial para guiar a viagem, levaram-nos por um mundo sem regras, de contemplação das origens e da natureza.
Apesar de tudo, nem todos estavam preparados para o especial espectáculo preparado para esta noite. Alguns abandonaram o aquário mais cedo, outros ficaram colados ao palco na esperança que as imperceptíveis palavras que Jacco Gardner dirigiu ao público no final do concerto significassem que ainda ia voltar para tocar alguns dos seus temas. Alguns minutos depois, ficou claro que não era esse o objectivo e que esta era mesmo uma noite dedicada aos momentos que não se voltam a repetir.