Reportagem


Mão Morta

25 anos sempre a rock & rolar

Vodafone Paredes de Coura

16/08/2017


© Hugo Lima | fb.me/hugolimaphotography | hugolima.com

“Corro Peste, corro Buda. Sempre a rock & rolar”. Estávamos em 1992 e “Budapeste” viria a afirmar-se como um dos temas mais famosos dos Mão Morta.

A meio do concerto, Adolfo Luxúria Canibal pede ao público para que cante os parabéns a Paredes de Coura, mas os parabéns são duplos. Em 2017, há dupla efeméride: a 25ª-edição de Coura e os 25 anos do disco Mutantes S.21, da banda.

Em palco, guiados pela voz cavernosa e pela energia contagiante de Canibal, a banda de Braga continua a ser símbolo de solidez rock’n’roll. Seja com a rispidez das guitarras, seja com os teclados mais endiabrados, seja com as projecções de imagens mais negras e sinistras. Um exemplo para uma ou outra banda internacional menos consistente que vai passar por Coura (olá Japandroids?).

Com um alinhamento muito assente em Mutantes s21, o concerto fechou com “Bófia”, tema que encerrava grande parte dos espectáculos dos Mão Morta nessa fase. Apesar de muitos na plateia não serem ainda nascidos nessa altura, os Mão Morta tocaram em casa. No Minho e em Coura, numa escolha perfeitamente adequada para o dia de abertura da 25ª-edição do festival.


sobre o autor

Joao Torgal

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