Reportagem


NOS Alive

Resumo do 2º dia

Passeio Marítimo de Algés

13/07/2018


Uma boa má novidade

O segundo dia de NOS Alive começava de forma auspiciosa. O que vamos dizer é, talvez, controverso, mas quando os Kooks cancelaram e o nome dos Blossoms foi anunciado para os substituir ficamos imediatamente entusiasmados. Já havíamos ficado impressionados com a banda em 2017 no Palco Heineken e agora iríamos poder vê-los no palco principal.

Japan-quê?

Mas antes desse palco entrar no activo coube aos brasileiros Sound Bullet encetar as hostilidades do Palco Sagres. Rock descomprometido em duas línguas; mereciam mais atenção e um público que devia ter sido maior logo desde o início. “Aceitar Perdão” foi o tema que ficou connosco e se houver hipótese de radioplay por cá, podemos ter aqui a nossa alternativa à entourage do Marcelo Camelo.

Claro que o nome que hoje mais nos interessava –não pedimos desculpa pela parcialidade – era Japandroids. A banda canadiana guarda Portugal num lugar especial e aproveita qualquer desculpa para cá voltar.  Não foi o melhor concerto que já vimos deles, mas mais uma vez, o rock celebração de Brian e Dave só se faz quando há muita gente que o celebre. Podem ler a nossa reportagem seguindo o link.

No palco principal os Black Rebel Motorcycle Club repetiam o cenário do ano passado proporcionado pelos The Cult, mas não levaram nada a mal. Não nos compete dizer muito já que não apanhámos o concerto como o queríamos.

Blossoms pareceu-nos um excelente concerto. Lá em frente ao palco o som estava impecável, mas foi uma sorte que não calhou a todos. A banda divertia-se em palco e os temas do álbum de estreia são orelhudos o suficiente para acreditarmos com convicção  que até alguns dos fãs de Kooks se converteram.

Os The National deram o melhor concerto dos NOS Alive de 2018. Bem, pelo menos até aquele momento. Em Portugal a banda de Matt Berninger joga em casa e no NOS Alive não foi diferente.

Deus salve os Queens of The Stone Age

Chegámos finalmente ao maior nome da noite. Os Queens Of The Stone Age há um par de álbuns que não conseguem errar. A banda entra a todo o gás depois de se ouvir “Singing in The Rain” com “Feet Don’t Fail Me” e “The Ways You Used to Do” e deixou que um arraial de roque se abatesse sobre o Passeio Marítimo de Algés.

Para nós, o melhor concerto de todo o festival, muito em parte porque o público não parava para respirar entre mosh e danças intempestivas. Parou para respirar apenas em temas como “Make It With Chu,” mas o volume com que cantou que o queria fazer com Josh Homme foi para lá de impressionante. “I wanna make it with chu too, sing it,” incentivava o guitarrista. “Obrigado, motherfuckers.”

Um verdadeiro oásis  que gostaríamos de ter visto no terceiro dia mas que não aconteceu.

Reportagem do 1º dia

Reportagem do 3º dia

Nota: Por imposição dos artistas não nos foi permitido captar fotografias de Queens Of The Stone Age e Two Door Cinema Club.

Galeria


(Fotos por Hugo Rodrigues)

sobre o autor

Jorge De Almeida

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