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Com a devida distância temporal, e agora que já houve tempo para deixar a chuva secar e a vida resumir, voltamos aos terrenos ensopados do NOS Primavera Sound para recordar o festival e fazer luz sobre alguns concertos que não tiveram o destaque que se calhar mereciam.
Bem-vindos ao dia 1 dos Diários do Primavera.
A sétima edição do NOS “acho-que-antes-vou-ver” Primavera Sound (obrigado, piada de 2017) começou com a intensidade dos Fogo Fogo e a melancolia roqueira dos Foreign Poetry. Como a omnipresença não nos assiste decidimos espreitar o funaná dos primeiros. “Quem é que se está aqui para se divertir?” perguntavam. Idealmente todos nos divertimos, mas quando em palco surge um buzio a servir de instrumento musical, era óbvio quem se divertia mais. A melhor tirada vai para “cada um dança com quem quiser; a três também é bom.” Seu maroto.
Ainda espreitámos a banda em que cada membro é de uma nação diferente, mas o concerto estava no fim. Pareceu-nos uma atmosfera mais morna no Palco Superbock do que aquela no Palco Seat, mas as palmas no fim fazem-nos crer que terá sido uma escolha de que ninguém se arrependeu.
Pulámos de vizinhança para o palco principal para vermos as moças das Waxahatchee, projecto de Katie Crutchfield.
Não é a primeira vez que a banda visita Portugal, como Katie nos recorda, e se não nos rendemos aquando da primeira passagem levantamos agora a bandeira branca ao indie-folk que amiúde nos lembrava os Cranberries. No entanto, temos que confessar que preferimos os momentos mais roqueiros de Waxahatchee, ainda que o momento em que Katie Crutchfield ficou sozinha em palco tenha recebido inúmeros aplausos. Houve também um momentinho para piscar o olho ao concerto de Lorde que também foi engraçado e quase achámos que a banda ia fazer uma cover ali mesmo. Foi só tease.
Fizemos uma reportagem completa deste concerto que vos convidamos a ler. Ainda assim, aproveitamos para dizer que a banda de Glasgow mostrou que um início tremido pode ser corrigido e resultar num concerto emocional que ficará connosco enquanto por cá estivermos. Foi a melhor versão da Keep Yourself Warm que já ouvimos.
Aos Starcrawler: #sorrynotsorry. Fica para a próxima.
Temos só a acrescentar à nossa reportagem que houve uma secção de sopros que ainda assim não respirou nada de diferente entusiasmante ao concerto de Father John Misty. Mas reiteramos, Josh Tillman em modo “colecionar cheques” é muito bom na mesma. Não nos façam mal.
Ezra Furman estava a tocar no Palco Superbock quando nos dirigíamos para o Palco NOS e pelo som e caras bem-dispostas que migravam para o lado de cá descobrimos o nosso primeiro arrependimento.
Sobrava-nos Lorde para dar pontos à pop no NOS Primavera Sound. O consenso parece ser de que foi um espetáculo incrível para um público que tende a rejeitar o mainstream. Foi trazer ao festival a pop descomplexada que tende a não admitir que também gosta.
Era simpático dizer que optar por Tyler, The Creator em detrimento de Moullinex foi uma escolha difícil. Não foi. O nosso flower boy prometia um grande concerto e não desapontou.
E terminou aqui, para nós o primeiro dia de NOS Primavera Sound. Um dia ameaçado por uma chuva que nunca chegou.
“Então e Jamie XX?”
Pois.