Reportagem


Octa Push

Puseram o fest em festival

Vodafone Paredes de Coura

18/08/2017


© Hugo Lima | fb.me/hugolimaphotography | hugolima.com

Festa combina bem com… festa. Da festa jazz dos BadBadNotGood para a festa africana dos Octa Push. A electrónica orgânica da banda portuguesa respira semba, kuduro ou funaná. E vão passando pelo palco vários convidados. Reais, como a vocalista dos Guta Naki, ou virtuais. O impulso para a dança faz-se através das batidas, das percussões ou dos teclados, mas também dos vídeos e do jogo visual. É recorrendo por aí que surge Tó Trips (Dead Combo) a tocar guitarra. Não esteve presente fisicamente, esteve em espírito.

Na parte final, homenageiam Zeca Afonso. Pode parecer estranho para os mais distraídos, mas Zeca terá sido um dos pioneiros a, de uma forma mais sistematizada (certamente que as ligações culturais já existiriam, mesmo com a repressão do Estado Novo), incluir ritmos africanos na música portuguesa. Foi também isto que, tantos anos depois, os Octa Push fizeram em Língua. E que, de uma forma festiva, trouxeram com distinção para o palco secundário de Coura.


sobre o autor

Joao Torgal

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