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Passado quase um ano na estrada com a digressão de “To the Bone”, a noite de 15 de Janeiro marcou o regresso de Steven Wilson ao local onde tudo começara.
E foi o próprio que fez questão de frisar esse facto. Desenganem-se os que pensavam que seria um concerto exactamente igual. Não o foi de todo e o próprio avisou-o logo a princípio.
Apesar de tudo, tal como há um ano atrás, o concerto começou com uma projeção de imagens cujo objectivo – frisado pela voz off – foi de definir o “mood” para o concerto, sequência essa que culminou em “Nowhere Now”, primeira música do alinhamento.
Participativo e bastante comunicativo, Steven Wilson confessou que no ano que passou muito tinha acontecido e que desta vez estavam todos mais rodados e bem menos nervosos do que na última vez que estiveram ali. Ainda assim durante a primeira parte do concerto por duas ou três vezes o som ficou um pouco confuso e parecia que os músicos não estavam em sintonia, quiçá problemas com as monições (dizemos nós).
Após uma primeira parte onde podemos ouvir músicas retiradas especialmente dos últimos dois álbuns a solo de Steven Wilson – “To the Bone” e “Hand Cannot Erase” – como foram os casos de “Pariah”, “Home Invasion” ou “The Same Asylum as Before”, os músicos retiraram-se do palco para o que Steven Wilson anunciara como uma pausa de 20 minutos, algo não muito normal, mas que fazia prever que o concerto iria ser longo.
A segunda parte do concerto trouxe-nos um pouco mais de Porcupine Tree – projecto mais conhecido de Steven Wilson – e músicas como “Index”, “Lazarus” e “Sleep Together”, esta última que definia a saída para o aclamado encore.
Foi também durante a segunda parte que “Permanating” foi tocada. A música mais pop deste último álbum, mas que Steven confessou ter sido bastante natural para ele de compor uma vez que cresceu a ouvir bandas como os Abba, muito por influência da sua mãe. “Permanating” fez também Steven Wilson rever este ano passado, confessando ter visto metaleiros “disco dancing” ao som dela.
Deu para tudo, até para uma conversa acerca da perda de influência da guitarra eléctrica na música pop e rock de hoje em dia. Conversa essa que culminou na forma sexy de guitarristas como os Jimmy Page e Hendrix solarem sem olhar para a guitarra e sentirem a música mais que fazerem uma prova “olímpica” de velocidade, movimento que foi copiado no seu solo seguinte.
O encore trouxe quatro músicas em que duas foram retiradas de outros projectos de Steven Wilson, “The Sound of Muzak” (Porcupine Tree) e “Blackfield” (Blackfield), e uma versão de “Sign of the Times” de Prince, músico que Steven Wilson confessou venerar.
Para último ficou “The Raven that Refuse to Sing” para que todos fôssemos deprimidos para casa, segundo as palavras do próprio músico.
Foram cerca de duas horas e meia intensas numa segunda passagem da digressão “To the Bone” por Portugal e desta vez estava bem mais limada do que da primeira, não fosse ter sido essa a sua estreia mundial.