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Cumpriram a missão de inaugurar o último dia do palco principal do NOS Alive os The Last Internationale. A banda já é nossa velha conhecida desde 2011 quando andavam pelo nosso país a promover “Choose Your Killer”, álbum entretanto retirado da numeração canónica da discografia.
Mais recentemente, tivémos a oportunidade de ouvir os temas do primeiro álbum oficial, We Will Reign, ao vivo no Sabotage.
Ainda que do pequeno palco no Cais do Sodré para o palco principal postrado no Passeio Marítimo de Algés o salto seja gigante, já sabiamos que tudo correria pelo melhor.
“Tudo bem?” perguntava Delila Paz. “Last time we were here [it] was a few years ago, but we’re happy to be back.”
A banda já havia arrancado com “Killing Fields”, rock trazido duma outra era, mas com a revolução feita para os dias de hoje. Edgey, guitarrista que evoca a imagética dos Ramones, pulava dum lado para o outro com uma camisola da selecção enquanto rasgava riffs a torto e a direito.
Apesar de o público ainda estar bastante disperso, os The Last Internationale souberam aproveitar o momento para passar a sua mensagem e converter alguns dos presentes. “Wanted Man” teve direito a dedicatória a Donald Trump que foi incluído pela vocalista na categoria daqueles que “ should be in jail.” Ouch.
Continuando a mensagem de revolução pediram emprestada uma “ A Change is Gonna Come” que tinha tanto de Otis Reading como de Aretha Frankly, por isso não vamos arriscar qual a fonte de inspiração. “If you’re very young you might not know this,” advertia. Pronto, está bem. Bonito foi ver a jovem no público que, quando abordada por Delila, tinha a letra na ponta da lingua e a gargante afinada para um dueto improvisado.
Houve ainda agradecimentos ao público e novidades sobre o próximo álbum. “ We wanna show you how much Portugal means to us,” explicava Edgey confessando que não era comum tomar o microfone. “Our new album was recorded right here in Portugal – pausa para palmas – and if that’s not enough: Eu sou português.” E ouve-se a aclamação no público. O senhor Pires é dos nossos e estamos contentes que também tenha chorado quando fomos afastados do Mundial.
Claro que, como bom membro cá do burgo, não se fez de rogado a fazer uso do vernáculo. Ao pedir que “rocássemos” como nunca “rocámos” antes, deixou o apelo: “força, caralho.” Bom filho da terra.
O concerto termina com “1968”, canção sobre “when people had the power.” Não se fez a revolução, mas plantaram-se as sementes. O trajecto dos The Last Internationale em Portugal é paulatino, mas sempre em ascendente. É dar tempo para que as sementes brotem. Também isso há de vir.