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Entraram em palco com a pompa e circunstância de uma câmara que acompanhou o caminho da banda do backstage até ao palco principal do NOS Alive. Impecavelmente vestidos, como de todas as outras vezes, os The National voltaram para justificar as memórias portuguesas de concertos indescritíveis.
A banda fetiche de Portugal entrou suspirante ao som de “Nobody Else Will Be There”, de The System Only Dreams In Total Darkness, mas logo arrancou chateada para a faixa homónima. Ao vivo Matt Berninger parece mais indignado quando canta que “I can’t explain it, any other way.”
E haja confiança no novo álbum; seria preciso chegar a “Bloodbuzz Ohio,” quinto ou sexto tema, para regressarmos aos velhos fiéis.
O público, pelo menos lá bem à frente onde estávamos, entoava todas as canções e dava pujança às melodias de voz que, tipicamente, não puxam pelas cordas vocais de ninguém.
Em palco, o espetáculo é de Matt que vagueia por todo o lado, faz olhos à câmara robótica que desliza de um lado para o outro – “I fell in love with a robot tonight, you guys” – deita-se no chão, estica os braços no ar, vem a público, pede uma cerveja – esperem o quê? – ah, sim, a certa altura Matt sai de palco, dirige-se à banca da cerveja patrocinadora e pede uma “birra”. O homem dos The National estava endiabrado e esperemos que a pessoa a quem o telemóvel foi usurpado para fazer um vídeo em modo selfie o tenha recebido de volta.
“I saw the News this morning; bad idea,” explicava. “This helps.”
A segunda metade do concerto seria pontuada sobretudo pelos êxitos já sabidos de cor pelo país que os adoptou como hinos. “Fake Empire”, “Mr. November,” e “Terrible Love” fizeram tremer todos os ossinhos sentimentais em cada um de nós. Infelizmente, não houve direito a “Sorrow” nem a “Vanderlyle…”, mas “About Today” fechou o espectáculo em nota positiva e confessional.
Podemos mudar os The National para Portugal em vez de continuar esta relação à distância?