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Se em 2011, todos acreditaram que era o derradeiro adeus agora passados sete anos já ninguém acredita que os LCD Soundsystem não regressem em breve.
Com a devida distância temporal, e agora que já houve tempo para deixar a vida resumir, voltamos aos terrenos ensopados do NOS Primavera Sound.
Chico Buarque, um dos maiores compositores e uma das mais impressionantes vozes brasileiras de todos os tempos, veio apresentar "Caravanas" ao nosso país.
Os PSB são verdadeiro serviço público à felicidade e ao futuro e fazem-no com lições do passado. Em loop para não nos esquecermos.
Seriam estas as únicas palavras diferentes que ouviríamos até ao fim do concerto dos Mogwai. Até lá “‘obrigadou,’ thank you” foi o slogan que se repetiu tema após tema.
É uma honestidade frágil e autodeterminada que distingue Kelela num mundo saturado com divas soul.
Sempre simpático, a figura do projecto Yellow Days sorri quando canta. Ocorre-nos que na sua voz carrega o mesmo “vocal fry” de Justin Vernon, mas em sensual, e a aura de guitarrista que canta de um George Ezra sem a cara de cu.
Se o público adorou, então adorou baixinho e para si. Não temos explicações para um espetáculo tão manso; os ingredientes estavam lá, mas a montanha pariu um rato pardo. E custa-nos dizê-lo, mas que outra reportagem faríamos? “ Tocaram estas canções, foi ‘meh’.
O concerto termina com os solos -terríveis – de guitarra de “Rottweiler” e com Mark Bowen a saltar à corda com a guitarra. Em Novembro há mais e vamos querer repetir.
Quando Rocky despe o hoodie e revela uma t-shirt da digressão de 2005 dos Def Leppard ocorre-nos que às tantas o rock está mesmo morto e o hip-hop, qual Hércules vitorioso face ao Leão de Nemeia, veste-lhe a carcaça.
Não raras vezes ocorreu-nos que agia como se ouvisse a voz de alguém que não estava realmente ali e tanto bateu na cabeça que o vermelho do sangue que se formou atrás da orelha já era visível.
Num concerto que incidiu, sobretudo, em Melodrama, Lorde trouxe-nos uma performance completa com a imagética de criancinhas de coro e dança contemporânea.
Pela nossa alminha, é este o segredo do espetáculo ao vivo do rapper: um escape emotivo que o conteúdo dos temas permite, protegido pela forma que nunca deixa que seja lamechas
Nós já sabemos que o concerto iria ser entre bom e muito bom. Só nos queríamos poder gabar de ter cá estado daqui a uns anos.
“Menos luz, mais fosso da morte,” seria a missiva da noite. Numa noite em que tivemos bastante a dizer sobre vocalistas, David Rodriguez não se fez rogado ao tomar as rédeas do certame.