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O que dizer de 2017? Não se pode dizer que tenha sido um ano banal com o concerto de uma das maiores lendas da música e alguns (poucos) filmes bem marcantes. Foi – em particular – um ano muito especial para mim, quer por ter concretizado uma das viagens da minha vida, quer por ter lido um daqueles livros que marcam um percurso e mudam o rumo. Aqui fica a minha lista artística dos 10 melhores deste ano.
Ainda na sequência do Coronel Percy Fawcett, deu-me para ler as histórias de pessoas desaparecidas que constam da lista da Wikipedia. Muitas dessas histórias já foram transpostas para cinema e muitas outras davam filmes de horror. Wind River, não sendo baseado numa história verídica, poderia ser, pois retrata muitos dos casos de pessoas desaparecidas numa região que pela sua dificuldade climatérica é propícia a este tipo de episódios. Um filme muito bem conseguido que aponta o dedo à justiça e às dificuldades que todos os intervenientes enfrentam para conseguir desvendar os casos. A originalidade do filme é acutilante e este é o filme perturbador do ano!
Parece descontextualizado num site de factos sobre arte, mas o que é certo é que se nota um despertar geral e temas como consciência, meditação e gratidão fazem parte do vocabulário atual, quer ao nível da vida, quer ao nível da arte. Eu iniciei este ano um diário de gratidão que iria mudar a minha vida conforme descrevi no Skin at Heart e um dos temas mais assíduos nesse meu diário é justamente a arte e todas as razões que nos dá para sorrir!
Um daqueles artistas com o qual todos crescemos, que muitos já viram ao vivo, mas que eu – por diversos motivos – ainda não tinha visto a atuar. Nunca imaginaria que seria em Oslo que iria ver o cantor dos meus tempos de adolescência. Parece que os anos não passam por esta voz e Adams deu um concerto intimista nessa fria noite de Fevereiro no Oslo Spektrum, a principal sala de espectáculos da capital norueguesa.
Fui ao festival Marés Vivas para rever Sting e acabei por ser surpreendida por Joe Summer, que é filho de Sting e tem um estilo musical que me fez lembrar Eddie Vedder. Abriu o espectáculo de forma perfeita e ver a noite cair sobre o rio Douro ao som desta voz e dos temas escolhidos é um daqueles cenário idílicos que nos ficam na memória. Summer fez também coros no concerto do pai e acabou por cantar a solo a Ashes do Ashes de David Bowie, no que foi – para mim – o ponto alto dessa noite inesquecível.
A impressionante história do Coronel Percy Fawcett, finalmente trazida a cinema com o mesmo ator que deu corpo ao King Arthur, Charlie Hunman. Este filme é baseado no curioso Lost Trails Lost Cities de Fawcett e a maneira como o adaptaram para cinema foi bem conseguida e tem sequências duma beleza perturbadora, nomeadamente a cena final do filme que consegue transmitir todo o misticismo associado ao mistério Fawcett.
Qualquer fã do livro está na verdade em pulgas para poder ler todos os desfechos que se apresentam nesta grande saga. Qualquer fã do livro sabe que a saga literária é – de longe – superior à série. No entanto, a série – para além de já ter avançado mais a nível temporal – é capaz de fazer qualquer um sonhar e dar a grandiosidade de imagens e cenários a uma das melhores histórias de ficção alguma vez concebidas. Esta última temporada esteve à altura do que George R. R. Martin havia prometido e deixou todos com o apetite aguçado para saborear o desfecho que aí vem.
Guy Ritchie no seu melhor: o filme mais divertido do ano. Depois do cinema, já o revi em casa. O ritmo é aquilo a que Ritchie nos habituou com uns diálogos tão rápidos como hilariantes. A história é inspiradora e mais do que uma espada é a história interior de cada um de nós e da luta entre o lado negro e a luz. Imperdível!
O filme do ano para mim, o filme que deveria ter sido nomeado para melhor filme e vencido o óscar de melhor ator. Um filme extremamente atual que coloca o dedo na ferida e começa a levar cada um de nós a questionar-se sobre a sociedade em que vivemos e as escolhas que fazemos a cada passo diário e o, consequente, impacto nas nossas vidas e, sobretudo, nas vidas dos nossos filhos e das gerações vindouras. O filme que nos mostra que temos de ser o nosso próprio herói e que o Capitão Fantástico habita, na verdade, dentro de nós se tivermos a coragem de o resgatar, pois para ser a mudança que queremos ver no mundo, temos de adotar esse modo de vida!
Dizer que este é o livro mais importante que já li é dizer muito para alguém que já leu milhares de livros e cujo a alcunha era “A Devora Livros”. Este site não é de livros, mas a admirável maneira como Dr. Joe Dispenza apresenta o tema bem podia dar um filme (como aliás o própria história do autor). E não me admira que Hollywood venha a pegar no tema. Um livro inspirador que é no fundo o tema base para muitos dos filmes verdadeiramente marcantes da nossa época.
Um daqueles once in a lifetime moments: uma das melhores bandas de sempre que toca o tipo de música que resulta na perfeição ao vivo. Ver pela primeira vez alguns dos nossos músicas de adolescência é um momento inesquecível, sobretudo quando Axl continua a cantar Estranged de início ao fim sem perder o fôlego e Slash toca November Rain na perfeição com a guitarra nas costas virada para trás. Memorável!!!